PERCEPÇÃO DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE ABORTAMENTO FRENTE AO CUIDADO DE ENFERMAGEM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-7286.2020v6n1ID18627

Resumo

Introdução: O aborto na vida da mulher que espera ansiosamente pela chegada do seu filho pode modificar alguns funcionamentos normais do seu corpo, tanto fisiológico quanto psicológico, principalmente quando ela não está esperando que esse fato aconteça. Tendo que os sentimentos predominantes das mulheres em situação de abortamento, em sua grande maioria abortos espontâneos, são o medo, angústia e solidão. O compromisso com o acolhimento como forma de cuidado é de extrema relevância na equipe de enfermagem. Objetivo: Identificar o cuidado da enfermagem a partir dos discursos das mulheres em situação de abortamento. Método: Trata-se de um estudo de campo, descritivo, exploratório de abordagem qualitativa, realizado no Hospital Jesus Nazareno, situado no município de Caruaru-PE, no mês de agosto de 2016. Houve a participação de 8 mulheres que receberam a assistência de enfermagem diante de um processo abortivo, por critério de saturação de dados, sendo aplicada uma entrevista contendo as seguintes questões norteadoras: “Como você foi recebida no hospital?”, “De que forma recebeu a notícia sobre o aborto?” e “Como você relata os cuidados da equipe de enfermagem?”. Os dados obtidos com as entrevistas foram organizados por meio da transcrição das gravações e analisados a partir da aplicação da técnica de análise de conteúdo temática, de Bardin. Foram consideradas todas as observâncias éticas contempladas na Resolução nº 466/12/MS e a partir do consentimento da mulher, por meio da assinatura do TCLE. Resultados: Dentre as mulheres do estudo, tinha idade entre 13 a 39 anos, havia cursado o ensino médio completo, 02 mulheres possuíam trabalho remunerado, as demais eram agricultoras, dona de casa ou estavam concluindo os estudos. Quanto à paridade, 3 das mulheres entrevistadas eram nulíparas, enquanto as demais já possuíam de 2 a 3 filhos. Após aplicação da análise, surgiram as seguintes categorias: “Acolhimento versus humanização” e “ Medicalização na Assistência”. Conclusões: A partir dos dados obtidos percebeu-se a importância do acolhimento adequado às mulheres na unidade, a ausência do profissional enfermeiro diante deste cuidado correlacionado com a medicalização presente no modelo do setor da saúde. Além disso, foi evidente a falta da atuação multiprofissional neste cenário. A maneira como as mulheres são acolhidas e tratadas influenciam no decorrer da recuperação e os profissionais de saúde precisam estar preparados para a assistência humanizada e holística.

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Biografia do Autor

Lorenna Silva, Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES-UNITA

Bacharelado em Enfermagem pelo Centro Universitário Tabosa de Alemida ASCES-UNITA-Caruaru-PE. Pós-graduada em Saúde da Mulher pela Faculdade Redentor-IDE. Docente na Faculdade de Enfermagem São Vicente de Paula-FESVIP-João Pessoa-PB.

Nayara Sales

Centro universitário Tabosa de Almeida Aces-Unita-Caruaru-PE – BRASIL
Bacharela em Enfermagem
Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns – AESGA – Garanhuns-PE
Sequencial em Administração Hospitalar

Renata Santos

Especialista em Clínica Cirurgica pelo Programa de Residência da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco/ IMIP.

Enfermeira Assistencial do Bloco Cirurgico do Hospital Miguel Arraes/IMIP.

Nayale Albuquerque, Centro Universitário Tabosa de Almeida Asces-Unita-Caruaru-PE – Brasil

Doutoranda em Saúde Integral pelo o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Mestre em Ciências da Saúde/UFPE; Especialista em Saúde da Mulher pelo Programa de Residência da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco/ IMIP. Docente do Centro Universitário Tabosa de Almeida Asces-Unita.

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Publicado

25-02-2020

Como Citar

SILVA, L.; SALES, N. . .; SANTOS, R.; ALBUQUERQUE, N. PERCEPÇÃO DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE ABORTAMENTO FRENTE AO CUIDADO DE ENFERMAGEM. Revista Ciência Plural, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 44–55, 2020. DOI: 10.21680/2446-7286.2020v6n1ID18627. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/18627. Acesso em: 22 dez. 2024.