DENOSUMABE E OSTEONECROSE DOS MAXILARES: O QUE O CIRUGIÃO-DENTISTA PRECISA SABER?
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-7286.2022v8n3ID29053Resumo
Introdução: O Denosumabe é um fármaco antirreabsortivo indicado para o tratamento de osteoporose e doenças ósseas metastáticas. O seu uso está associado ao desenvolvimento de reações adversas em diferentes órgãos, como a osteonecrose dos maxilares, que é o evento adverso de interesse para a área odontológica. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico sobre o mecanismo de ação do Denosumabe no tecido ósseo e destacar a importância do cirurgião-dentista na prevenção, no diagnóstico e tratamento da osteonecrose nos maxilares. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa elaborada em duas etapas: inicialmente realizou-se uma busca sistemática de artigos publicados entre os anos 2012 a 2022, sobre a osteonecrose em pacientes que fazem uso do Denosumabe nas plataformas de dados Pubmed, Scielo, BVS e Google Acadêmico. Em seguida, foi feita uma seleção de partes relevantes para a pesquisa, uma leitura analítica e a organização das informações coletadas pertinentes a cada tópico da pesquisa. Resultados: O Denosumabe atua inibindo a ligação da citocina RANKL ao seu receptor RANK, tal mecanismo de ação reduz o processo de reabsorção óssea execessiva. As osteonecroses podem apresentar-se em diferentes níveis de estadiamento e caracterizam-se como área de exposição óssea necrótica na região maxilofacial, permanecendo por mais de oito semanas e sem histórico de radioterapia ou doença metastática evidentes nos maxilares. Alguns fatores predispõem o desenvolvimento das osteonecroses, entre eles: procedimentos odontológicos cirúrgicos. Ainda não existe um protocolo de tratamento definitivo, entretanto, modalidades terapêuticas coadjuvantes são administradas de acordo com a condição clínica do paciente. Conclusões: O exame clínico deve ser minucioso, atentando-se a qualquer alteração na cavidade bucal, às doenças preexistentes e às medicações utilizadas pelo paciente. Em todos os casos deve-se, realizar orientações de higiene oral e adequação do meio bucal previamente ao tratamento oncológico e ao uso de drogas antirreabsortivas.
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