CONSUMO DE PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS POR GESTANTES DA ATENÇÃO BÁSICA NO TOCANTINS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-7286.2022v8n1ID25587Resumo
Introdução: o consumo frequente de alimentos industrializados, prontos para o consumo, é considerado um mau hábito alimentar em todas as fases do ciclo da vida e pode ser especialmente prejudicial aos grupos populacionais mais vulneráveis, como as mulheres grávidas. No entanto, são preparações altamente palatáveis e práticas que, mesmo contraindicadas, continuam representando parcela importante no cardápio dos brasileiros. Objetivo: caracterizar o consumo de alimentos quanto ao grau de processamento, por gestantes adultas, atendidas na atenção básica de Palmas-TO. Metodologia: o estudo investigou 60 mulheres em quatro dos sete territórios de saúde de Palmas, por meio de um recordatório que investigou o consumo alimentar nas 24 horas anteriores à entrevista. Foram estimados pelo Dietbox, o consumo de energia, macronutrientes, ferro, cobalamina e ácido fólico totais e por grupo de alimentos, conforme categorização em quatro grupos: Grupo 1: alimentos in natura ou minimamente processados; Grupo 2: Ingredientes culinários processados; Grupo 3: Alimentos processados; Grupo 4: Alimentos ultraprocessados. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for Social Sciences versão 23.0 (SPSS) por meio de estatísticas descritivas. Resultados: observou-se para o grupo de gestantes estudadas que a ingestão de micronutrientes, em sua maior parte, foi oriunda de alimentos in natura ou minimamente processados, reforçando a importância da ingestão desses tipos de alimentos para uma dieta saudável, sobretudo na gestação. No entanto, observou-se que os alimentos processados e ultraprocessados (vegetais em conservas, alguns pães, macarrão instantâneo, bolacha recheada, margarina, achocolatados, refrigerantes e salsichas) ainda figuram expressivamente nas dietas das gestantes estudadas, tendo fornecido em média 28% da energia diária consumida, 83,2% dos carboidratos diários, 22% dos lipídeos totais e 15,25% das proteínas. Conclusão: processados e ultraprocessados ainda figuram na dieta das gestantes, fornecendo percentuais expressivos da energia e dos carboidratos ingeridos, porém não ofertando quantidades razoáveis de ferro, cobalamina ou ácido fólico.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
À Revista Ciência Plural ficam reservados os direitos autorais referente a todos os artigos publicados.