CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ENTRE 2012-2021: REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: Acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema cosmopolita de saúde pública. Poucos são os estudos de revisão acerca da temática encontrados na literatura. Objetivo: definir os principais aspectos epidemiológicos envolvidos nos acidentes com animais peçonhentos no período 2012-2021. Metodologia: Revisão sistemática, com base no protocolo PRISMA, incluindo artigos publicados entre 2012 e 2021, nos idiomas inglês, espanhol e português, a partir da busca nas bases de dados PUBMED, SCIELO, LILACS e Portal de Periódicos CAPES, utilizando a combinação dos descritores “Venoms” AND “Accidents” AND/OR “Epidemiological”. Resultados: Foram encontrados 729 artigos, dos quais 17 foram selecionados para comporem esta revisão. A maioria dos artigos utilizaram o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) como fonte de dados, evidenciaram o sexo masculino como o principal acometido, zona rural como principal área de ocorrência e faixa etária de 21-30 anos como a mais prevalente. Acidentes ofídicos demonstraram maior prevalência, seguidos pelos escorpiônicos. Os membros inferiores foram os mais acometidos. Destacou-se tempo de atendimento de uma até 6 hora. Prevaleceram acidentes leves, com bons índices de cura e poucos óbitos quanto comparado com o número total de casos. A soroterapia foi trabalhada em 11 estudos, sendo utilizada principalmente em acidentes com serpentes. Dor e edema foram as principais manifestações locais, alterações vagais foram as principais manifestações sistêmicas e necrose, alterações do sistema circulatório e renal foram as principais complicações apontadas. Conclusões: Os achados possibilitaram melhor visualização e entendimento da problemática, reforçando a importância do desenvolvimento de ações interventivas que venham a melhorar os sistemas de saúde locais, colaborando na identificação de falhas e melhorias no atendimento imediato e preventivo em saúde.