TECTÔNICA E TECNOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO EM PROJETOS PEDAGÓGICOS DE ARQUITETURA

Autores

  • Carolina Helena Miranda e Souza UFMG/ IFMG
  • Flávio de Lemos Carsalade Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2024v9n1ID32437

Palavras-chave:

arquitetura, tectônica, conteúdos tecnológicos, projeto pedagógico, ensino

Resumo

A questão central da pesquisa de tese da qual deriva este artigo é verificar a relação entre o desenvolvimento de habilidades em projeto e os conhecimentos sobre tectônica e tecnologia da construção. O recorte desta pesquisa que trazemos aqui é uma revisão da legislação relativa ao tema e uma análise de alguns Projetos Pedagógicos de Cursos de Arquitetura e Urbanismo. A revisão da legislação abarcou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Arquitetura e Urbanismo de 2010. Foram analisados os Projetos Pedagógicos e documentos de seis cursos, dos quais quatro são de instituições públicas brasileiras e dois são de instituições portuguesas. A análise dos cursos buscou identificar: 1. estratégias didáticas de ensino-aprendizado que relacionem os conhecimentos técnicos com o desenvolvimento de habilidades em projeto, como metodologias específicas; 2. menções específicas ao ensino de tecnologias da construção e tectônica; 3. divisão ou classificação das disciplinas em relação ao seu conteúdo (projeto, tectônica), com o objetivo de compreender se houve intenção explícita de equilibrar a carga horária reservada aos diferentes conteúdos do curso e se foram elaboradas estratégias para a interseção desses conteúdos; 4. relação com conteúdos de tecnologias da construção e tectônica nas ementas das disciplinas de projeto. Na conclusão apresentamos análises sobre dados quantitativos dos currículos e a avaliação de que, apesar de a legislação brasileira contar com indicações para que os cursos sejam elaborados considerando as especificidades locais, na prática os currículos ainda guardam muitas semelhanças.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carolina Helena Miranda e Souza, UFMG/ IFMG

Professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Minas Gerais - IFMG desde 2014. Doutoranda (início em 2019) e mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (julho/ 2016) e graduada Arquiteta Urbanista pela Universidade Federal de Viçosa (janeiro/ 2012).

Flávio de Lemos Carsalade, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (1979), Mestrado em Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e Doutorado pela Universidade Federal da Bahia (2007). Foi presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (1999-2002) e do Instituto de Arquitetos do Brasil/ Departamento Minas Gerais (1995-1998) e Secretário Municipal de Administração Urbana Regional Pampulha da Prefeitura de Belo Horizonte (2004-2007). É Professor Titular da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo nela ingressado em 1982, onde foi seu diretor (2008-2012) e seu vice-diretor (1988-1991). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento e Projetos da Edificação e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: projetos arquitetônicos e urbanísticos, patrimônio cultural e ensino de arquitetura. Bolsista de Produtividade em Pesquisa CNPq (201-2021). Atualmente é Diretor da Editora UFMG e Presidente do ICOMOS Brasil.

Referências

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso: 24 fev. 2021.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução nº 2, de 17 de junho de 2010. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo, alterando dispositivos da Resolução CNE/CES nº 6/2006. 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=5651-rces002-10&Itemid=30192. Acesso em: 26 out. 2021.

FRAMPTON, K. Studies in tectonic culture. Massachusetts: MIT Press, 1995.

INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS (IFMG). Campus Santa Luzia. Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo. Santa Luzia: IFMG, 2019. 199 p. Disponível em: https://www2.ifmg.edu.br/santaluzia/ensino-1/cursos-1/arquivos/PPCARQUITETURAEURBANISMO_MAR2019.pdf. Acesso em: 01º abr. 2021.

UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION/ INTERNATIONAL UNION OF ARCHITECTS (UNESCO/ UIA). Carta para a educação dos arquitetos. 2011. Disponível em: <http://www.abea-arq.org.br/wp-content/uploads/2013/03/Carta-UNESCO-UIA-2011.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2019.

UNIVERSIDADE DE LISBOA, Faculdade de Arquitetura. Mestrado integrado em Arquitetura. Plano de Estudos. Disponível em: https://www.fa.ulisboa.pt/index.php/pt/cursos/mestradointegrado/arquitetura/especializacao-em-arquitetura. Acesso em: 17 nov. 2021.

UNIVERSIDADE DO PORTO, Faculdade de Arquitectura. Mestrado Integrado em Arquitetura. Disponível em: https://sigarra.up.pt/faup/pt/cur_geral.cur_view?pv_ano_lectivo=2021&pv_origem=CUR&pv_tipo_cur_sigla=MI&pv_curso_id=45. Acesso em: 17 nov. 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA). Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo Noturno. Foz do Iguaçu: UNILA, 2014. 146 p. Disponível em: https://portal.unila.edu.br/graduacao/arquiteturaeurbanismo/PPC_Arquitetura_Urbanismo_Apensao.pdf. Acesso em: 09 mar. 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG). Alteração Curricular do Curso de Arquitetura e Urbanismo - Projeto Pedagógico do Curso (diurno). Belo Horizonte: UFMG, 2010. 32 p. Mensagem recebida por em 21 dez. 2022.

______. Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo Noturno. Belo Horizonte: UFMG, 2008. 86 p. Disponível em: https://ufmg.br/cursos/graduacao/2372/91400. Acesso em: 01º out. 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN). Projeto Político-Pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Natal: UFRN, 2006a. 70 p. Disponível em: http://darq.ufrn.br/wp-content/uploads/2016/10/PPP-A5.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.

______. Projeto Político-Pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo – Caderno de Ementas, Estrutura Curricular (A-5). Natal: UFRN, 2006b. 102 p. Disponível em: http://darq.ufrn.br/wp-content/uploads/2016/10/Ementas-A5.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.

Downloads

Publicado

24-01-2024

Como Citar

MIRANDA E SOUZA, C. H.; DE LEMOS CARSALADE, F. TECTÔNICA E TECNOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO EM PROJETOS PEDAGÓGICOS DE ARQUITETURA. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 45–62, 2024. DOI: 10.21680/2448-296X.2024v9n1ID32437. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/32437. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

v. 9 n. 1 (2024): Edição de Janeiro de 2024

Seção

ENSINO

Licença

Copyright (c) 2024 Carolina Helena Miranda e Souza, Flávio de Lemos Carsalade

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

    1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual segundo a qual é permitido o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
    2. Autores têm autorização para assumir, separadamente, contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
    3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) desde que concluído o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
    4. Não recomenda-se publicação e distribuição do artigo antes de sua publicação, pois isso poderá interferir na sua avaliação cega pelos pares.