Religiosidade popular e turismo macabro…? Dois estudos de caso: corpos incorruptos e capelas dos ossos

Autores

  • Carla Patrícia Silva Ribeiro Escola Superior de Educação/Politécnico do Porto e CITCEM/Universidade do Porto
  • Amândio Jorge Morais Barros Escola Superior de Educação/Politécnico do Porto e CITCEM/Universidade do Porto

Palavras-chave:

Religiosidade Popular, Capelas de Ossos, Corpos incorruptos

Resumo

Pretende-se com este estudo, de natureza teórica e histórica, reflectir sobre práticas culturais religiosas relacionadas com a morte. Apresentamos dois estudos de caso, que constituem duas formas populares de devoção: a dos corpos incorruptos, nomeadamente o culto a 'santa' Maria Adelaide, e as capelas de ossos, em particular as de Évora e Campo Maior. Discutimos a atracção que a morte exerce sobre os vivos e procuramos destrinçar a estranha mistura que parece existir entre  os sentimentos religiosos e o apelo do macabro nos casos seleccionados. Tentamos comprender ainda se estes são casos que se podem inserir na categoria de turismo negro, como entendida pelos estudiosos deste campo. Fica uma ideia chave: diante da morte e da sua inevitabilidade, o homem é colocado perante a questão da efemeridade da vida e estas ideias ocupam os seus pensamentos (e acções); a forma como dirigem a sua devoção – e sobretudo a devoção popular – são bem ilustrativos deste facto.

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Biografia do Autor

Carla Patrícia Silva Ribeiro, Escola Superior de Educação/Politécnico do Porto e CITCEM/Universidade do Porto

Professora-Adjunta na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto. Doutorada em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Investigadora do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória», tem como principais áreas de investigação a história cultural contemporânea, no que respeita às políticas e instituições culturais do Estado Novo português, ao cinema e turismo e aos estudos folclóricos portugueses dos séculos XIX e XX, em ligação com a identidade nacional, áreas em que tem várias publicações.

Amândio Jorge Morais Barros, Escola Superior de Educação/Politécnico do Porto e CITCEM/Universidade do Porto

Professor-Adjunto na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto. Doutorado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, especializou-se nas áreas da História Social e Económica e na História Marítima. Publica nestes domínios, assim como nos da História da Cidade do Porto e Douro e História da Expansão. É coordenador científico do Centro Interpretativo O Infante e os Novos Mundos, na Casa do Infante/Arquivo Histórico Municipal do Porto e investigador do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória».

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Publicado

02-12-2021

Como Citar

RIBEIRO, C. P. S.; BARROS, A. J. M. Religiosidade popular e turismo macabro…? Dois estudos de caso: corpos incorruptos e capelas dos ossos . Turismo, Sociedade & Território, [S. l.], v. 3, n. 1, p. e26898, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revtursoter/article/view/26898. Acesso em: 3 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático