O LUGAR DO DESENVOLVIMENTO NA MOBILIZAÇÃO SOCIAL: Signos de Desenvolvimento e produção de utopismos nas Jornadas de Junho de 2013
DOI:
https://doi.org/10.21680/2177-8396.2020v32n2ID19757Resumo
Manifestações populares e mobilizações sociais carregam explicitamente uma carga de demandas pelas quais o objeto de luta e querela se anela. Tais demandas possuem dimensões múltiplas e acenam, a partir de uma tensão pela meta, lacunas que reclamam preenchimento e cenários que precisam de transformação, considerando a narrativa dos que se mobilizam. Essas demandas comumente disputam necessidades de desenvolvimento(s), atreladas à signos de progresso, promessas sistematizadas e ensejos por um lugar ideal no qual o bem viver e as benesses da modernidade se realizem como plenitude dos modos de produzir e operar a vida social. Essa elucubração da luta produz utopismos diante do desenvolvimento. Desse modo, a proposta deste estudo foi refletir a relação entre os signos de desenvolvimento e produção de utopismos nos objetos e ideais das mobilizações sociais, tendo por quadro de análise as Jornadas de Junho de 2013 no Brasil. Metodologicamente, considerou-se um estudo de caso por meio de análise documental de jornais impressos apurados com maior tiragem no período, considerando como corpus a cobertura jornalística do período a partir das categorias de demandas emergentes dos atos. Esse novo desenho de articulação popular indica uma flexão da participação, onde as territorialidades de insurgência são tessituras de coalizão e desenvolvimento(s). A ressonância da voz reivindicatória popular em rede indica a subversão das assimetrias do desenvolvimento ou, pelo menos, um sinal de que a planificação do conceito encontra impasses maiores. Microdesenvolvimento é o início de uma discussão possível sobre o quadro atual de ativismos em rede e seu significado ainda provocador acadêmica, política e socialmente.
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