DEMARCANDO FRONTEIRAS MORAIS: UMA ANÁLISE DA CATEGORIA OLHO GRANDE EM SITUAÇÕES DE CONFLITO

Autores

  • Gabriel Calil Maia Tardelli Doutorando em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB); pesquisador do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-InEAC) do Laboratório de Etnografia das Instituições e das Práticas de Poder (LEIPP-DAN-UnB) e do Laboratório e Grupo de Estudos em Relações Interétnicas (LAGERI/DAN/UnB). https://orcid.org/0000-0002-7252-0123

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2019v1n53ID20693

Resumo

Os pescadores da Praia de Piratininga em Niterói (RJ) acusam de “olho grande” quem não compartilha os peixes capturados, quem prefere pescar individualmente, quem mantém segredos sobre pontos de pesca, quem se apropria dos espaços da praia de forma particularizada, quem ocupa as areias apenas para fins comerciais, desvinculados da atividade pesqueira. O olho grande é uma categoria acusatória e, ao mesmo tempo, um mecanismo de controle social, na medida em que expressa uma moralidade que se opõe à lógica individualista. Neste artigo, analiso algumas situações sociais nas quais essa categoria é acionada, de modo a tentar compreender os conflitos e as fronteiras morais que são demarcadas na praia por pescadores que exercem diferentes artes de pesca e por barraqueiros, homens e mulheres que vendem ali comidas e bebidas.

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Publicado

05-05-2020

Como Citar

TARDELLI, G. C. M. DEMARCANDO FRONTEIRAS MORAIS: UMA ANÁLISE DA CATEGORIA OLHO GRANDE EM SITUAÇÕES DE CONFLITO. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 53, 2020. DOI: 10.21680/2238-6009.2019v1n53ID20693. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/20693. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê/Dossier