DA LIBERDADE DE ISADORA: CIRCUITOS AFETIVOS ENTRE CRISES, POLÍTICAS E FRONTEIRAS

Autores

  • Jullyane Carvalho Ribeiro Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (IFCH/UNICAMP). Pesquisadora discente do Núcleo de Estudos de Gênero PAGU/UNICAMP https://orcid.org/0000-0003-4571-080X

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23679

Resumo

Decorrente da minha pesquisa de doutorado, que aborda o governo das mobilidades e dos afetos das/entre as pessoas refugiadas na cidade de São Paulo, este artigo trata da justaposição entre práticas de assistência e práticas de controle em algumas das políticas destinadas a essas populações nos últimos cinco anos. Reflito, em especial, sobre a produção de crises e soluções administrativas alinhavadas às vidas de Dora e Isadora, mãe e filha, solicitantes de refúgio provenientes de Angola. Ambas chegaram ao Brasil no ano de 2016, momento em que a complexidade de suas trajetórias e vivências foi reduzida a um problema a ser resolvido entre práticas assistenciais e políticas de gestão de trânsitos, destinadas às “mulheres angolanas grávidas e com filhos”. A partir das tentativas de reunir sua família, Dora depara-se com intervenções produzidas na relação entre entidades auto referenciadas como “estado” e “sociedade civil”. Atores que disputam por recursos e legitimidade no espaço de uma suposta ausência de políticas públicas. Os trânsitos de Dora e Isadora, transformados em crise, permitem uma reflexão sobre o momento em que aparatos de controle de fronteiras e aparatos de controle das relações familiares se sobrepõem.

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

RIBEIRO, J. C. . DA LIBERDADE DE ISADORA: CIRCUITOS AFETIVOS ENTRE CRISES, POLÍTICAS E FRONTEIRAS. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 56, 2020. DOI: 10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23679. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/23679. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê/Dossier