“EU TERIA FICADO EM PRISÃO PERPÉTUA COM ELA”: AFETO E AGÊNCIA NA TRAVESSIA POR UMA PENITENCIÁRIA FEMININA NO MARROCOS

Autores

  • Nathalia Ferreira Gonçales Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisadora vinculada ao Núcleo de Estudos em Corpos, Gêneros e Sexualidades (NuSex/ Museu Nacional). https://orcid.org/0000-0002-6934-849X
  • Montserrat Valle Prada Possui mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisadora vinculada ao Núcleo de Estudos em Corpos, Gêneros e Sexualidades (NuSex/Museu Nacional). https://orcid.org/0000-0002-4048-6821

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23682

Resumo

A partir da história de Rita, detida na fronteira da cidade espanhola de Ceuta com a província marroquina de Tetuão e, posteriormente, encarcerada no Centro Penitenciário feminino de Tetuão, a prisão referida é elaborada como uma passagem da fronteira que vai além de uma localização limítrofe entre Espanha e Marrocos. No plano do ordinário, diz respeito a um território no qual se produzem redes de solidariedade, diferenciações, fraturas e porosidades. A travessia de Rita cria o cenário onde são cartografadas algumas relações que perpassam circulações transnacionais e significados dos muros entre as pessoas que habitam as bordas hispano-marroquinas. Na prisão, Rita conhece Naima. Se o vínculo entre elas funda uma agência a partir da qual podem se recompor da cruenta cotidianidade prisional, o que chamamos de travessia pelo cárcere emerge como determinante na composição da fantasia de um futuro a dois, agindo enquanto motor instigador de possíveis devires na construção da fronteira que protagoniza esta escrita.

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

GONÇALES, N. F. .; PRADA, M. V. . “EU TERIA FICADO EM PRISÃO PERPÉTUA COM ELA”: AFETO E AGÊNCIA NA TRAVESSIA POR UMA PENITENCIÁRIA FEMININA NO MARROCOS. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 56, 2020. DOI: 10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23682. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/23682. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê/Dossier