O REGENTE SEM ORQUESTRA: NOTAS DE UMA ETNOGRAFIA DA AUDIÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23686

Resumo

O artigo apresenta uma prática de etnografia da audição ou sonora, que pode embasar trabalhos que investiguem mundos sonoros propondo uma conjugação do ver e ouvir, em vez de uma hierarquia entre ambos, do que resultaria pensar em termos de paisagens sonoras ou dos sons enquanto imagens simbólicas. O campo teve duração de quase dois anos e foi realizado em uma escola de Música, onde acompanhei o processo de formação profissional de um maestro de orquestra. No auge de uma sociedade imagética, o campo é um reduto de pessoas que primam por uma relação diferenciada com a vida e no contato com seus pares. Reflito sobre as faculdades do ver e do ouvir, intensamente discutidas pela Antropologia, e comparo às peculiaridades observadas in loco. A conclusão é de que audição e visão estão imbricadas o tempo todo no campo, compondo imagens sonoras que são interpretadas pelos nativos e mobilizadas na performance, auxiliando de modo mais efetivo tanto o convívio entre os músicos quanto a execução musical.

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

CAMPOS, T. de S. . O REGENTE SEM ORQUESTRA: NOTAS DE UMA ETNOGRAFIA DA AUDIÇÃO. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 56, 2020. DOI: 10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23686. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/23686. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Fluxo Contínuo/Continuous Flow