EU TE VEJO! CARTA PARA “MARIA CLARA” DESDE A ENTRADA NO LABIRINTO PRISIONAL
DOI:
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2022v1n59ID28786Resumo
O texto remete à problematização de cenas observadas desde a entrada no “labirinto” do cárcere durante a pesquisa de campo realizada para a tese doutoral em 2018. A narrativa é dirigida à “Maria Clara”, uma das “Mulheres no cárcere”, interlocutora no referido estudo. A escuta sentida é acionada como recurso teórico-metodológico para a reflexão sobre os episódios descritos em torno das interações que ocorrem nos espaços de setores como a gestão e segurança prisional, saúde, social e religião. O estudo possibilitou a compreensão das distintas formas de gerir o controle sobre os corpos das “Mulheres no cárcere”, fazendo valer o alcance da privação da liberdade que se expande para além das grades das celas/alas. Outrossim, tensiona-se as metodologias de pesquisa no cárcere, considerando-se que entre os saberes/poderes acionados nas interações com as pessoas que vivem seu cotidiano, também estão os saberes/poderes acadêmicos que precisam ser ponderados.
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