E EU NÃO SOU UMA NOVINHA? FRONTEIRAS E CONFUSÕES DE UM CORPUS EM PESQUISA
DOI:
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2023v1n61ID32329Resumo
Partindo de processos de medição, classificação, nomeação, falação, apalpamento e outras formas de contato com moradoras da Vila Nova, ocupação urbana da cidade de Belo Horizonte, onde cresci e desenvolvo trabalho de campo desde 2018, busco refletir sobre o que é dito sobre o meu corpo e o que isso implica sobre os demais corpos com os quais interajo, com especial interesse na emergência de três categorias nativas, estragar, acabar (com) e preservar o corpo. Inspirada pelos esforços teórico-metodológicos de pesquisadoras que inscrevem suas biografias e as complexas experiências da diferença que agenciam, dialogo com o feminismo interseccional da diferença e também com produções etnográficas brasileiras recentes, que tomam a prática e a escrita etnográfica enquanto saberes encarnados e situados. A figura da novinha é o ponto de partida para uma reflexão sobre gramáticas corporais explosivas e perturbadoras, e corpos estranhos que não passam batidos.
Palavras-chave: Interseccionalidade; Diferença; Corpo; Etnografia.
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Copyright (c) 2023 Isabelle Caroline Damião Chagas
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