DENÚNCIA, CURA E REPARAÇÃO EM FACE À VIOLÊNCIA DE ESTADO
DOI:
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2023v1n61ID33783Resumo
Partindo de relatos de violência proferidos por uma liderança indígena que se identifica como ativista feminista e militante nas áreas da saúde e da educação, o objetivo do artigo é refletir sobre as dimensões de denúncia e de cura relativas à violência, ao sofrimento e à reparação. Argumentamos que denúncia e cura não são dimensões mutuamente excludentes, mas implicam em processos políticos distintos, relacionados às possibilidades de escuta, à criação de redes de apoio e também ao autoconhecimento. Nesse artigo, utilizamos relatos da violência proferidos em distintas situações: redes sociais, falas públicas e entrevistas. Conforme argumentaremos, as práticas de denúncia e de cura constituem respostas ao sofrimento capazes de desfazer dicotomias no plano das relações entre sujeito/objeto, ainda que mantendo as oposições entre vítima e algoz(es). A expectativa de reparação e reconhecimento foi o que mobilizou as respostas à violência oferecidas pela liderança indígena, que percorreu tanto caminhos prescritos no direito, como uma ação cível que resultou em indenização, como também desempenhou atividades de conexão com a espiritualidade, significada em termos de aprendizado e de mobilização coletiva.
Palavras-chave: Direito; Corpo; Vítima; Liderança.
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