Análise da estrutura de capital e heterogeneidade das dívidas das empresas de capital aberto do setor industrial e do agronegócio
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2022v14n2ID29391Palavras-chave:
Estrutura de Capital; Taxas de Juros Subsidiadas; BNDES.Resumo
Objetivo: O crédito subsidiado fornecido pelo governo brasileiro a alguns setores da economia, nos últimos anos, por meio de linhas de financiamento, tais como FINAME, FIDIC, do BNDES, pode ter determinado uma redução dos custos da estrutura de capital. Assim, a proposta deste trabalho é verificar se, de fato, houve uma redução do custo do capital das empresas de capital aberto de dois importantes setores econômicos, o setor industrial e de setores relacionados ao agronegócio.
Metodologia: Informações referentes às fontes de financiamento, montante do financiamento, moeda e taxas de juros foram coletados das Notas Explicativas das demonstrações financeiras de 84 empresas de capital aberto e utilizadas para calcular o custo médio ponderado de capital das fontes de financiamento com taxas subsidiadas e não subsidiadas.
Resultados: Os resultados apontam que os empréstimos com taxas subsidiadas apresentam uma grande variabilidade na participação de empréstimos com taxas subsidiadas na composição de financiamento das empresas, porém apresentando, em média, um baixo percentual na composição do endividamento, e ainda, que as taxas efetivas médias de empréstimos subsidiados pode ser maior que as taxas efetivas médias dos empréstimos não subsidiados sugerindo que os créditos subsidiados na proporção em que tem sido utilizados para compor o financiamento, podem não exercer um papel relevante na redução dos custos da estrutura de capital das empresas
Contribuições do Estudo: Este trabalho colabora com a identificação de fatores relevantes que explicam a forma como as empresas determinam sua estrutura de capital, fornecendo aos administradores indicações sobre que fatores são preponderantes no desempenho prático da política de estrutura de capital das empresas.
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