Determinantes da livre admissão de associados em cooperativas de crédito brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2176-9036.2024v16n1ID32843

Palavras-chave:

Cooperativas de Crédito, Livre Admissão de Associados, Logit

Resumo

Objetivo: Identificar os fatores determinantes da Livre Admissão de associados em cooperativas de crédito brasileiras entre 2016 e 2020.

Metodologia: Utilizou-se um modelo de regressão logística para estimar tais fatores. A análise considerou tanto variáveis internas específicas das cooperativas (idade, tamanho do ativo, número de cooperados e filiação a sistemas) quanto variáveis que representam o ambiente macroeconômico no qual essas instituições estão inseridas (índice de desenvolvimento municipal, número de habitantes nos municípios que possuem postos de atendimento (PACs) e sede das cooperativas).

Resultados: Os principais resultados apontam que quanto menor o número de habitantes dos municípios sede e que contém PACs, maior a probabilidade de ocorrência de Livre Admissão. Além disso, cooperativas com maior número de cooperados e ativos também têm maior probabilidade de adotar a Livre Admissão.

Contribuições do Estudo: O estudo destaca a predominância de cooperativas com Livre Admissão em municípios menores e menos desenvolvidos, reforçando o papel dessas cooperativas na inclusão social, redução de desigualdades e oferta de serviços financeiros e de crédito para a população dessas localidades. Além disso, os resultados fornecem subsídios valiosos para formuladores de políticas, instituições financeiras e cooperativas interessadas em promover o desenvolvimento socioeconômico e a equidade em comunidades menos atendidas pelo sistema financeiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cinthia Moysés Gonçalves, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Controladoria e Contabilidade pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Valéria Gama Fully Bressan, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa. Professora do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade da Universidade Federal de Minas Gerais.

Gustavo Henrique Dias Souza, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando e Mestre em Controladoria e Contabilidade pela Universidade Federal de Minas.

Referências

Abreu, E. S., Kimura, H., Araújo Neto, L. M. D., & Peng, Y. (2018). Efficiency of the Brazilian credit unions: A joint evaluation of economic and social goals. Latin American Business Review, 19(2), 107-129. doi: 10.1080/10978526.2018.1479640

BACEN – Banco Central do Brasil. (2016). Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Data-base: dezembro/2016. BACEN.

BACEN - Banco Central do Brasil. (2019). Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Data-base: dezembro/2019.

BACEN – Banco Central do Brasil. (2020). Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Data-base: dezembro/2020. BACEN.

BACEN - Banco Central do Brasil. (2021a). Estabilidade Financeira: O que é a cooperativa de crédito? Recuperado em 22 Jun. 2021, de https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/cooperativacredito

BACEN - Banco Central do Brasil. (2021b). Estabilidade Financeira: Relação de Instituições em Funcionamento no País. Recuperado em 22 Jun. 2021, de https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/relacao_instituicoes_funcionamento

BACEN – Banco Central do Brasil. (2021c). Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Data-base: dezembro/2021. BACEN.

BACEN – Banco Central do Brasil. (2022). Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Data-base: dezembro/2022. BACEN.

Burger, A. E., & Dacin, T. (1992). Field of membership: An evolving concept. Filene Research Institute.

Canassa, B. J., Costa, D. R. D. M., & Bonacim, C. A. G. (2022). Transformações na Estrutura de Propriedade em Cooperativas de Crédito: Taxas de Serviços Bancários e Expectativas de Membros e Diretores. BBR - Brazilian Business Review, 19, 607-625. doi: 10.15728/bbr.2022.19.6.2.pt

CMN - Conselho Monetário Nacional. (2003). Dispõe sobre os requisitos e procedimentos para a constituição, a autorização para funcionamento e alterações estatutárias, bem como para o cancelamento da autorização para funcionamento de cooperativas de crédito. Brasília, DF. Recuperado em 10 Jun. 2021, de https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2003/pdf/res_3106_v1_O.pdf

CMN - Conselho Monetário Nacional. (2010). Altera e consolida as normas relativas à constituição e ao funcionamento de cooperativas de crédito. Brasília. DF. Recuperado em 10 Jun. 2021 de https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49615/Res_3859_v7_P.pdf

CMN - Conselho Monetário Nacional. (2015). Dispõe sobre a constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento das cooperativas de crédito e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado em 10 Jun. 2021, de https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibenormativo?tipo=Resolu%C3%A7%C3%A3o&numero=4434.

Cunha, P. V. S., de Oliveira, W. C., & Gozer, I. C. (2016). Análise de desempenho das cooperativas de crédito do estado de Santa Catarina: aplicação do sistema Pearls. Revista de Ciências Empresariais da UNIPAR, 17(1), 131-153. Recuperado em 10 Jun. 2021, de https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/empresarial/article/view/5710

Emmons, W. R., & Schmid, F. A. (1998). Credit unions and the common bond (No. 1999/01). CFS Working Paper.

Fávero, L. P.; Belfiore, P.; Takamatsu, R. T.; Suzart, J. (2014). Métodos Quantitativos com Stata: Procedimentos, Rotinas e Análise de Resultados (1ª ed.). Rio de Janeiro: Elsevier Brasil.

Frame, W. S., Karels, G. V., & McClatchey, C. A. (2002). Do credit unions use their tax advantage to benefit members? Evidence from a cost function. Review of Financial Economics, 12(1), 35-47. doi: 10.1016/S1058-3300(03)00005-3

Gonçalves, C. M., & Bressan, V. G. F. (2022). O impacto da livre admissão de associados no desempenho econômico-financeiro de cooperativas de crédito. Anais do XLVI Encontro da ANPAD - EnANPAD 2022, set. 2022. Recuperado em 05 Ago 2023, de https://anpad.com.br/uploads/articles/120/approved/d3c95acb3f4a091abb1fdc056dc68c1c.pdf.

Höffling, A. R. (2013). O impacto da livre admissão de associados sobre o desenvolvimento das cooperativas de crédito. (Dissertação de Mestrado). Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF, Brasil. Recuperado em 30 Mai 2021., de https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/bitstream/123456789/316/1/Alex%20Rafael%20Hoffling.pdf

Jones, D., & Kalmi, P. (2015). Membership and performance in Finnish financial cooperatives: a new view of cooperatives?. Review of Social Economy, 73(3), 283-309. doi: 10.1080/00346764.2015.1067753

Meinen, Ê. (2013). Portal do Cooperativismo de Crédito: As instituições financeiras cooperativas e os 10 anos de livre admissão de associados, por Enio Meinen. Recuperado em 22 de Jun. 2021, de https://cooperativismodecredito.coop.br/2013/06/as-instituicoes-financeiras-cooperativas-e-os-10-anos-de-livre-admissao-de-associados-por-enio-meinen

Neves, M., Amaral, I., & Braga, M. (2012). Risco de crédito no processo de conversão das cooperativas de crédito rural de Minas Gerais em cooperativas de livre admissão. Anais XV Seminário Sobre Economia Mineira, 30, 01-3.

Santos, M. H. S & Braga, M. J. (2019). Os efeitos das fusões nas cooperativas de crédito brasileiras. Anais do 5º encontro brasileiro de pesquisadores em cooperativismo (EBPC), Brasília, DF, Brasil. Recuperado em 07 Jul de 2021, de https//www.even3.com.br/anais/ebpc/170237-OS-EFEITOS-DAS-FUSOES-NAS-COOPERATIVAS-DE-CREDITO-BRASILEIRAS

Soares, M. M. & Sobrinho, A. D. M. (2008). & Microfinanças: O papel do Banco Central do Brasil e a importância do cooperativismo de crédito. Brasília: BCB.

Downloads

Publicado

02-01-2024

Como Citar

GONÇALVES, C. M.; BRESSAN, V. G. F.; SOUZA, G. H. D. Determinantes da livre admissão de associados em cooperativas de crédito brasileiras. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 198–218, 2024. DOI: 10.21680/2176-9036.2024v16n1ID32843. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/32843. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Seção 1: Contabilidade Aplicada ao Setor Empresarial (S1)