A diferença que faz a diferença: corpo e subjetividade na transexualidade
Resumo
O objetivo deste artigo é problematizar a concepção hegemônica que afirma ser a cirurgia de transgenitalização uma expressão do desejo das pessoas transexuais pela satisfação sexual. Sugiro que a busca pelo reconhecimento do gênero identificado pode ser conhecida como uma das questões centrais que motivam a realização desse desejo. Também argumentarei que não há uma rejeição linear ao corpo entre as pessoas transexuais. Ao contrário, a construção da autoimagem para muitos/as é positiva, destacando-se, inclusive, alguma parte do corpo considerada “maravilhosa”, principalmente entre as mulheres transexuais. No entanto, pode-se notar que a interiorização das verdades produzidas pelo dispositivo da transexualidade não lhes possibilitam notar tal ambiguidade. Por fim, as narrativas apresentam uma multiplicidade de experiências, expectativas e subjetividades que impedem qualquer desejo classificatório fundamentado em características que universalizam as pessoas transexuais ao mesmo tempo em que as diferenciam, inferiorizando-as enquanto “seres transtornados”, “enfermos mentais”.Downloads
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Publicado
27-11-2012
Como Citar
BENTO, B. A diferença que faz a diferença: corpo e subjetividade na transexualidade. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 3, n. 04, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2298. Acesso em: 21 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos