Saúde mental na militância trans
lutas entre a representatividade e a sobrevivência
Abstract
A saúde é uma pauta que sempre esteve presente na história do movimento trans brasileiro e, recentemente, tem sido observada maior atenção para o campo da saúde mental, devido ao impacto das difusas violências transfóbicas às quais essa população está submetida. Ao articular o movimento social com a saúde mental, o presente trabalho buscou analisar qualitativamente as vivências pessoais e a trajetória no movimento social de ativistas trans, a fim de compreender como a representatividade e a relação com o ativismo repercutem no seu bem-estar e na saúde mental. Foram produzidas três categorias, a saber: -) As dores e as delícias da representatividade; 2-) Situando o sofrimento psíquico na militância trans; 3-) Sobrevivência através da gestão do cuidado. Ao final, foi possível observar que como os efeitos das vivências hostis repercutem na saúde mental de ativistas, bem como nas relações que se estabelecem dentro do movimento trans.
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