Sujeitos com deficiência visual e a educação como determinante social de saúde

Autores

Palavras-chave:

Deficiência visual, Saúde mental, Determinantes sociais de saúde, Educação.

Resumo

Objetivamos analisar a educação como determinante social de saúde de sujeitos com deficiência visual, com ênfase na saúde mental, identificando as dificuldades percebidas e as estratégias de enfrentamento utilizadas em relação às adversidades cotidianas. Trata-se, portanto, de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. Para a coleta de dados, realizamos entrevistas  semiestruturadas junto aos sujeitos deficientes visuais no ambulatório de oftalmologia do Hospital  Universitário Onofre Lopes (HUOL), no município de Natal. Os dados foram tratados à luz do método de análise temática descrito por Minayo (2008) e os conteúdos das unidades de registro elencadas, inspirados no modelo de Determinação social da saúde, proposto por Dahlgren e Whitehead (1991). A reflexão das informações analisadas suscita discussões a respeito da persistência de fatores sociais  adversos ao processo de inclusão plena e efetiva, geradores de atitudes normalizadoras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Érico Gurgel Amorim, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professor da Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte (UFRN)

Jacileide Guimarães, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professora da Escola de Saúde da UFRN

Referências

AMIRALIAN, M. L. T. M. Deficiência visual: perspectivas na contemporaneidade. São Paulo: Vetor Editora, 2009.

AMIRALIAN, M. L. T. M. Compreendendo o cego: uma visão psicanalítica da por meio de desenhos-estórias. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.

AMIRALIAN, M. L. T. M., et al. Conceituando deficiência. Revista Saúde Pública, São Paulo, n. 34, v. 1, p. 97-103, 2000. Disponível em: www.fsp.usp.br/rsp. Acesso em: 10 jan. 2015.

ARAÚJO, A. P.; MARQUES, E. S.; OLIVEIRA, M. L. A.; SILVA, E. F. Portadores de necessidades especiais: o caso do instituto de educação e reabilitação dos cegos do Rio Grande do Norte. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v.5, n. 2, p. 67-86, jan./jun. 2008.

AHLGREN, G.; WHITEHEAD, M. Policies and Strategies to promote social equity in health. Stockholm: Institute for Future Studies, 1991.

BADZIAK, R. P. F.; MOURA, V. E. V. Determinantes sociais da saúde: um conceito para efetivação do direito à saúde. Revista de Saúde Pública de Santa Catarina, Florianópolis, v. 3, n. 1, jan./jun. 2010.

BATISTELLA, C. Abordagens Contemporâneas do Conceito de saúde. In. Fonseca, Angélica Ferreira; Corbo, Ana Maria D'Andrea. O território e o processo saúde-doença. Rio de Janeiro: EPSJV; FIOCRUZ, 2007. p. 25-49.

BRASIL. Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/ D3298.htm. Acesso em: 29 set. 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde e doença: dois fenômenos da vida. In: Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Curso de Formação de facilitadores de educação permanente em saúde. Brasil: Ministério da Saúde / Fiocruz, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 793 de 24 de abril de 2012. Institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. 2012a. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/%20saudelegis/gm/ 2012/prt0793_24_04_2012. Acesso em: 20 out. 2015.

BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego. Relação anual de relações sociais. 2013. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/observatorio/. Acesso em: 21 out. 2015.

BUSS, P. M.; PELLEGRINI FILHO, P. A. Saúde e seus determinantes sociais. Physis - Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 77-93,2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06. pdf. Acesso em: 23 out. 2013.

DINIZ, D.; BARBOSA, L.; SANTOS, W, 2009. Deficiência, direitos humanos e justiça. In:

DINIZ, D. Deficiência e discriminação. Brasília: Letras Livres/Ed. UnB, 2009, p. 97-115.

FIGUEIRA, E. Introdução à psicologia e pessoas com deficiência: a construção de um novo relacionamento! 2. ed. São Paulo: Edição do Autor/AgBook, 2014.

FRANCO, J. R.; DIAS, T. R. S. A pessoa cega no processo histórico: um breve percurso. Revista Benjamin Constant, v. 30, abr. 2005.

GESSER, M.; NUREMBERG, A. H.; TONELI, M. J. F. A contribuição do modelo social da deficiência à psicologia social. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 24, n. 3, p. 557- 566, 2012.

IBGE. Censo 2010. Disponível em: http://censo2010.ibge.gov.br/. Acesso em: 12 abr. 2013.

JONES, G. C.; CREWS, J. E, DANIELSON, M. L. Health risk profile for older adults with blindness: an application of the International Classification of Functioning, Disability, and Health framework. Ophthalmic Epidemiology. ano 17, n. 6, p.400-10. Dez. 2010.

LAMOUREUX, E. L.; HASSELL, J. B.; KEEFFE, J. E. The Determinants of Participation in Activities of Daily Living in People With Impaired Vision. Am J Ophthalmol. v. 137, n. 2, p. 265-70. Fev. 2004.

LOPES, G. C. O preconceito contra o deficiente ao longo da história. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, a. 17, n. 176, jan. 2013. Disponível em: http://www.efdeportes.com/. Acesso em: 12 jul. 2015.

MINAYO, M. C. S. O Desafio do Conhecimento. 11 ed. São Paulo: Hucitec, 2008.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Relatório mundial sobre a deficiência. Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, 2012. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/70670/9/WHO_NMH_VIP_11.01_por.pdf. Acesso em: 20 maio. 2017.

POPESCU, M. L. et al. Explaining the Relationship between Three Eye Diseases and Depressive Symptoms in Older Adults. Investigative Ophthalmology & Visual Science, v. 53, n. 4, p. 2308-13, 2012. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22427589. Acesso em: 21 set. 2014.

RIBEIRO, J. E. C. Association of depressive aspects with visual impairment caused by cataract in the elderly. Arq Bras Oftalmol. v. 67, n. 5, p. 795-9, 2004.

SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Physis – Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 29-41, jan./abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a03. Acesso em: 2 abr. 2015.

SILVA, L. M. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Revista brasileira de educação. v. 11, n. 33, p. 424-561, 2006.

SOUZA, E. C. F. O homem, as doenças e seus modelos explicativos: breve percurso na história. In: FERREIRA, M. A; RONCALLI, A G; LIMA, K. Saúde Bucal Coletiva: conhecer para atuar. Natal: EDUFRN, 2004.

SOUZA, F. R.; PIMENTEL, A. M. Pessoas com deficiência: entre necessidades e atenção à saúde. Cadernos de Terapia Ocupacional, São Carlos, v. 20, n. 2, p. 229-237, 2012. Disponível em: http://doi.editoracubo.com.br/10.4322/cto.2012.024. Acesso em: 30 jun. 2015.

TOLEDO, C. et al. Detecção precoce de deficiência visual e sua relação com o rendimento escolar / Early detection of visual impairment and its relation with school effectiveness. Revista da Associação Medica Brasileira, São Paulo, v. 56, n. 4, 2010.

Downloads

Publicado

03-09-2020

Como Citar

AMORIM, Érico G. .; MEDEIROS NETA, O. M. de; GUIMARÃES, J. Sujeitos com deficiência visual e a educação como determinante social de saúde . Revista de Casos e Consultoria, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e11112, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/21887. Acesso em: 4 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos