O direito à memória potiguar: um estudo sobre o abandono do patrimônio histórico-cultural, arquitetônico e urbanístico de Natal/RN entre 2007-2018
Palavras-chave:
Memória potiguar, Urbanismo, Patrimônio histórico-culturalResumo
Os patrimônios históricos, de natureza arquitetônica, estão presentes no domínio urbanístico de Natal-RN desde os primórdios de sua consolidação como município e espera-se que estes ainda se mantenham caracterizados e conservados por muitas gerações. Para isso, é necessária uma cooperação mútua entre o poder público e a comunidade, a fim de assegurar a manutenção desses bens, impedindo sua descaracterização e deterioração. Deste modo, esse artigo científico tem como objetivo refletir sobre o direito à memória potiguar, no que tange a conservação do patrimônio histórico-cultural, arquitetônico e urbanístico do Rio Grande do Norte. Além disso, busca apresentar as percepções de profissionais e graduandos da UFRN e IFRN, a respeito da real situação destes patrimônios e da atuação dos órgãos competentes no trabalho de preservação. Para tal, utiliza-se da pesquisa bibliográfica, de natureza quali-quantitativa, buscando embasamento teórico em estudos de Freitas e Guimarães (2017), Rodrigues (2001) e Chartier (1990). Ainda, utilizou-se de questionários, os quais foram direcionados a estudantes de graduação, profissionais técnicos e educadores, entre outros que colaboraram respondendo a pesquisa. Finalmente, foi possível constatar que dentre os participantes desse estudo, a maioria está ligada com a área das Ciências Humanas e não acredita apenas na responsabilidade dos setores públicos e constitucionais, como mantenedores do zelo aos patrimônios culturais, urbanísticos e arquitetônicos do RN, mas ao trabalho coletivo entre estes e a sociedade, assegurando assim, o direito à memória potiguar.
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Referências
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