Avaliação da efetividade terapêutica em pacientes esquizofrênicos privados de liberdade de um Manicômio Judiciário do Ceará
Palavras-chave:
Antipsicóticos; Esquizofrenia, Transtornos psicóticos; Tratamento; Violência.Resumo
A esquizofrenia é definida como transtorno psiquiátrico, que causa alterações comportamentais como a afetividade social, desconcertando o convívio interpessoal, seja familiar, escolar, ocupacional, entre outros. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade do tratamento antipsicótico de pacientes penitenciários com diagnóstico de esquizofrenia. Trata-se de um estudo retrospectivo, de natureza farmacoepidemiológico e com abordagem quantitativa, realizado no Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes, em Itaitinga-CE. Os resultados, demonstraram uma idade média de 42,1 ± 11,7 para pacientes do sexo masculino, sendo a esquizofrenia paranóide (F20.0) a mais comum e o homicídio, o delito cometido com maior frequência com 64,29% dos pacientes. O haloperidol foi o medicamento mais prescrito (135,72%) associado à prometazina (129%). As interações medicamentosas foram avaliadas, sendo utilizados por alguns pacientes por via oral e parenteral, quando necessário, e observou-se que o maior percentual ocorreu entre antipsicóticos (28,90%) e entre antipsicótico e anti-histamínico (27,47%). Conclui-se que se faz necessário a atenção farmacêutica para o bom desempenho do tratamento medicamentoso, em face dos problemas de segurança e reações adversas que podem surgir.
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