Aprimoramento profissional na atenção primária no município de Horizonte, Estado do Ceará: Educação permanente e demandas populacionais
Palavras-chave:
Educação permanente, Atenção básica na saúde, Demanda populacional localResumo
Os profissionais atuantes na atenção primária à saúde no município de Horizonte, estado do Ceará, necessitam estar em constante aprendizado para atender às complexas demandas da população local. Nesse contexto, a educação permanente em saúde (EPS), realizada no próprio local de trabalho, contribui para o aprimoramento profissional alinhado às necessidades da comunidade. Este estudo tem como objetivo revelar a EPS no cotidiano de trabalho da Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir de uma perspectiva que valoriza o protagonismo dos profissionais. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa convergente assistencial, composta por cinco fases: concepção, instrumentação, investigação, análise e interpretação. Participaram doze (12) profissionais da ESF e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) de uma unidade básica de saúde do município de Horizonte, estado do Ceará. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se o “Círculo de Cultura”, conforme a abordagem de Paulo Freire (1991). Os resultados indicam que os profissionais reconhecem a EPS como um elemento potencializador da ESF, fortalecendo o vínculo com os usuários. No entanto, identificam desafios para incluir os moradores nos diálogos e planejamentos com as equipes de saúde da família. Também percebem o ambiente de trabalho como um espaço crucial de aprendizagem, derivado das necessidades reais daqueles que utilizam os serviços, e reconhecem que o trabalho em equipe e a interação com a população local contribuem para uma prática profissional alinhada às demandas dos usuários.
Downloads
Referências
ANDRADE, Rebecca S. et al. Processo de trabalho em unidade de saúde da família e a educação permanente. Trabalho, educação e saúde. Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 505-521, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462016000200505&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 18 Dez. 2022.
BARBOSA, Mirceli G. et al. Saberes e práticas da educação permanente em saúde no cotidiano da estratégia saúde da família: uma metassíntese. Revista de investigação qualitativa em saúde, v. 2, 2016. Disponível em: <https://proceedings.ciaiq.org/index.php/ciaiq2016/article/viewFile/884/868>. Acesso em: 28 dez. 2022.
BISPO, José P.; MOREIRA, Diane C. Educação permanente e apoio matricial: formação, vivências e práticas dos profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família e das equipes apoiadas. Caderno de saúde pública, Rio de Janeiro, v. 33, n. 9, 2017. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2017000905010&lng=pt&nrm=iso. Acesso: em 18 dez. 2022.
BRANDÃO, Walcirânea A. A contribuição da Educação Permanente em Saúde para o trabalho coletivo da Equipe Saúde da Familia Itapecuruzinho no município de Caxias – MA. Monografia (Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área Doenças Crônicas não Transmissíveis). – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS número 02 de 28 de setembro de 2017. Dispõe sobre a politica nacional de educação permanente em saúde como estratégia do sistema único de saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 2017b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política nacional de educação permanente em saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? 1. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
CECCIM, Ricardo B. Educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário. Revista interface - comunicação, saúde, educação, v.9, n.16, p.161-77, 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n16/v9n16a13.pdf>. Acesso em: 17 out. 2022.
CECCIM, Ricardo B.; FERLA, Alcindo A. Abertura de um eixo reflexivo para a educação da saúde: o ensino e o trabalho. In: MARINS, João J.; REGO, Sérgio et al. (Orgs.). Educação médica: gestão, cuidado e avaliação. São Paulo: Hucitec, 2011. p. 258-277.
CECCIM, Ricardo B.; FEUERWERKER, Laura C. M. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 41-65, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312004000100004&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 17 out. 2022.
FORTUNA, Cinira M. et al. Educação permanente na estratégia saúde da família: repensando os grupos educativos. Revista latino-americana de enfermagem, Ribeirão Preto, v. 21, n. 4, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n4/pt_0104-1169-rlae-21-04-0990.pdf> Acesso em: 28 dez. 2022.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução a pensamento de Paulo Freire. Tradução de Kátia de Mello e Silva. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido, São Paulo: Paz e Terra, 1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 56. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Ed. UNESP, 2001.
LIMA, Cássio de A. et al. Avaliação do processo de trabalho entre equipes de saúde da família de um município de Minas Gerais, Brasil. Trabalho, educação e saúde, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, e0018710, 2019. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198177462019000100504&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 16 out. 2019.
LOPES, Maria T. S. R. et al. Educação permanente e humanização na transformação das práticas na atenção básica. REME: Revista Mineira de Enfermagem, v. 23, e-1161, jan. 2019. Disponível em: <http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1303>. Acesso em: 10 jan. 2022.
MISHIMA, Silvana M. et al. Managers' perspective on continuous health education in a region of São Paulo State. Revista escola de enfermagem da USP, São Paulo, v. 49, n. 4, p. 665-673, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342015000400665&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 06 jan. 2022.
OLIVEIRA, Maria A. C.; PEREIRA, Iara C. Atributos essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família. Revista brasileira de enfermagem, v. 66, n. esp, p. 158-64, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672013000700020. Acesso em: 15 dez. 2022.
REIBNITZ, Kenya S. et al. Pesquisa convergente-assistencial: estudo bibliométrico de dissertações e teses. Texto contexto - enfermagem, Florianópolis, v. 21, n. 3, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072012000300027&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 29 out. 2022.
SILVA, Isabelle C. B. et al. O Processo de trabalho do núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica. Trabalho, educação e saúde, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, e0018009, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462019000100507&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 26 nov. 2022.
TRENTINI, Mercedes; BELTRAME, Vilma. A Pesquisa convergente-assistencial (PCA) levada ao real campo de ação da Enfermagem. Cogitare enfermagem; v. 11, n. 2, p. 156-60, 2006. Disponível em:http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/6861. Acesso em: 23 nov. 2022.
TRENTINI, Mercedes; PAIM, Lygia. Pesquisa convergente assistencial: um desenho que une o fazer e o pensar na prática assistencial em saúde-enfermagem. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Antonio Nacílio Sousa dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.