ESCUTA INFANTIL E SUJEITO DE DIREITO:
UMA INTERCESSÃO NECESSÁRIA
Resumo
A escuta infantil, enquanto objeto de estudo científico, é um campo novo, além de ser bastante desafiador. Se olharmos para a história da humanidade, é possível compreender melhor nossa dificuldade ao lidar com esse tema, de fato, estamos tentando desconstruir o que, por séculos, foi-nos passado através de uma cultura adultocêntrica, na qual as crianças nunca tiveram a mesma prioridade dos adultos. Logo, ouvir narrativas como: “onde tem adulto, criança não fala”, “menino(a), cala a boca, você é só uma criança, não sabe o que diz”, essas e muitas outras expressões são bastantes corriqueiras ainda hoje. O reconhecimento legal e oficial da criança enquanto sujeito histórico e de direito é bem recente no Brasil e no mundo. Para um olhar mais atento sobre o tema, buscamos alguns aportes teóricos na pedagogia da escuta sensível e empática que emergem da perspectiva malaguzziana, a qual está presente na abordagem de Reggio Emília, na Itália, que, a nosso ver, suscitam reflexões filosóficas e metodológicas amplas. Nesse trabalho, usamos uma fundamentação teórica, alicerçada nos conceitos defendidos por autores e autoras como: Malaguzzi, Hoyuelos e Riera, Rinaldi, Bondioli, Tonucci, Campos e Cruz, Garcia, OliveiraFormosinho, Friedmann, Bondía, Fochi, Vecchi, entre outros. Faz-se urgente repensar a didática das instituições destinadas à Educação Infantil, afinal a criança tem “cem linguagens” é nosso dever legitimá-las.
Palavras-chave: Escuta. Crianças. Educadores. Protagonismo.
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