O saber-fazer na maestria artesanal: análise dos mestres ceramistas da Bahia

Autores

  • Luísa Mahin Araújo Lima do Nascimento

Resumo

Quem são os mestres dos saberes e fazeres tradicionais e populares? Quais as competências que lhes credenciam tal reconhecimento? Quais os atores responsáveis por eleger e legitimar os mestres em seu contexto? A partir de uma análise de três mestres ceramistas da Bahia, esse estudo adentra o universo acima problematizado tendo alguns especialistas responsáveis pelas políticas de reconhecimento dos mestres tradicionais e da cultura popular no Brasil como principal fonte de informação. A base metodológica para organização do conhecimento se pauta em entrevistas abertas e análise de documentos institucionais que trazem os mestres em estudo na baila da reflexão. Tais especialistas entrevistados possuem intensa relação e convívio com os mestres em análise e seus contextos comunitários, cumprindo aqui também o papel de mediadores das relações entre os pares, estabelecidas in loco. Buscando compreender o que distingue ou como alguns personagens da cultura tradicional e popular se tornam mestres, são aqui elucidados saberes e fazeres distintivos nas suas práticas, nas relações comunitárias e com os membros externos. Além de saberes e fazeres, manifesta-se no estudo o “ser”, alquimia do processo que faz diferença fundamental na maestria artesanal. Iniciamos o artigo com uma contraposição entre o pensar e o agir, numa perspectiva teórica. Em seu desenvolvimento, são apresentadas competências para a maestria numa reflexão de alguns saberes sistematizados a partir das informações coletadas. Depois, segue-se uma análise da tríade “saber–fazer–ser” na maestria.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

23-02-2017

Como Citar

NASCIMENTO, L. M. A. L. do. O saber-fazer na maestria artesanal: análise dos mestres ceramistas da Bahia. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 43–70, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14895. Acesso em: 16 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos