Xamanismo e mitologia Kaingang: elementos sobre a crença evangélica no pensamento ameríndio
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-5674.2018v5n8ID14955Palavras-chave:
Xamanismo Kaingang, mitologia ameríndia, crenças evangélicas, dualismo JêResumo
Este trabalho busca analisar os elementos que aproximam as crenças evangélicas do pensamento Kaingang, prioriza-se uma abordagem etnológica comparativa, investigando o dualismo nas sociedades Jê, a cosmologia, a organização do universo kaingang e seu desdobramento xamânico, que se materializa em dois sistemas ideológicos, o kujã (xamã) e o caboclo. A partir dessas características a narrativa mítica de uma ex-kujã kaingang nos revela o quanto o dualismo, o xamanismo e a mitologia indígena pode auxiliar a desvendar esse universo de conversão, que num primeiro momento parece descaracterizar totalmente a cultura, e em outro parece operar a partir de um modelo nativo.Downloads
Referências
ALMEIDA, Ledson Kurtz de. Dinâmica religiosa entre os Kaingang do posto indígena Xapecó – SC. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina, 1998.
ALMEIDA, Ledson Kurtz de. Análise antropológica das igrejas cristãs entre os Kaingang baseada na etnografia, na cosmologia e dualismo. Tese. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.
BORBA, Telémaco Morocines. Actualidade Indigena. Curitiba: Imprensa Paranaense, 1908
CRÉPEAU, A prática do xamanismo entre os Kaingang no Brasil meridional: uma breve comparação com o xamanismo Bororo. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 8, n. 18, pp. 113-129, jan/jun, 2002.
GIRALDIN, Odair. Axpên Pyràk: história, cosmologia, onomástica e amizade formal Apinaje. Tese. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Estadual de Campinas, 2000.
LANGDON, Esther Jean Matteson. Xamanismo no Brasil. Florianópolis: Editora da UFSC, 1996.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O cru e o cozido. São Paulo: Brasiliense, 1991.
LÉVI-STRAUSS, Claude. História de Lince. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
LÉVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis, Vozes, 2009.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O homem nu. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
LORENÇO, Marília Sene de. A presença dos antigos em tempos de conversão: etnografia dos Kaingang do oeste paulista. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de São Carlos, 2011.
MAUBURY-LEWIS, David. A sociedade Xavante. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S/A, 1984.
MELATTI, Julio Cezar. O sistema de parentesco dos índios Krahó. In: Série Antropologia, Brasília, n.3, p. 1-29. 1973. Disponível em: http://www.dan.unb.br/images/doc/Serie003empdf.pdf. Acesso em: 21 abr de 2017.
NIMUENDAJÚ, Curt. Etnografia e indigenismo. Campinas: Editora da Unicamp, 1993.
ROSA, Rogério Reus Gonçalves. “Os Kujà são diferentes”: um estudo etnológico do complexo xamânico dos kaingang da terra indígena Votouro. Tese. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.
SILVA, Sérgio Baptista da. Dualismo e Cosmologia Kaingang: o xamã e o domínio da floresta. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 8, n. 18, pp. 189-209, jan/jun, 2002.
SILVA, Sérgio Baptista da. Cosmo-ontologia e xamanismo entre coletivos kaingang. In: FLECK, Eliane Cristina Deckmann (org.). Religiões e religiosidades no Rio Grande do Sul: manifestações da religiosidade indígena. São Paulo: Anpuh, 2014. 1º edição.
VEIGA, Juracilda. Cosmologia e práticas rituais. Tese. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Estadual de Campinas, 2000.
VEIGA, Juracilda. As religiões cristãs entre os Kaingang: mudança e permanência. In: WRIGHT, Robin M. (org.). Transformando os deuses. Vol. II. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem – e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.