Entre ver e não ver
uma análise sobre as imagens médicas da intersexualidade
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-5674.2018v5n8ID14970Resumo
O presente artigo examinará o papel das imagens médicas nas (re)definições do sexo e gênero no contexto da assistência em saúde oferecida às pessoas intersexo. Os instrumentos de visualização - escalas visuais, fotografias, exames de imageamento - utilizados em momentos variados dessa assistência pretendem ser uma ferramenta supostamente neutra de revelação do “verdadeiro sexo”. O argumento a ser desenvolvido é que a perspectiva visual médica, mais do que revelar o “sexo”, parte e reforça noções tradicionais de gênero e sexualidade, levando a uma apreensão estritamente patológica das variações dos corpos sexuados. No caso das imagens produzidas pela medicina sobre a intersexualidade, convivem outras expectativas, como o controle das normas de gênero e da sexualidade. O material analisado consiste em pesquisa bibliográfica sobre o tema (artigos e manuais médicos) e entrevistas feitas com profissionais de saúde. Por meio deste material, reúno pistas para responder como as imagens médicas concorrem para a patologização dos genitais de pessoas intersexo.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.