Entre ver e não ver

uma análise sobre as imagens médicas da intersexualidade

Autores

  • Anacely Guimarâes Costa Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Instituto de Medicina Social, departamento de ciências humanas e saúde.

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2018v5n8ID14970

Resumo

O presente artigo examinará o papel das imagens médicas nas (re)definições do sexo e gênero no contexto da assistência em saúde oferecida às pessoas intersexo. Os instrumentos de visualização - escalas visuais, fotografias, exames de imageamento - utilizados em momentos variados dessa assistência pretendem ser uma ferramenta supostamente neutra de revelação do “verdadeiro sexo”. O argumento a ser desenvolvido é que a perspectiva visual médica, mais do que revelar o “sexo”, parte e reforça noções tradicionais de gênero e sexualidade, levando a uma apreensão estritamente patológica das variações dos corpos sexuados. No caso das imagens produzidas pela medicina sobre a intersexualidade, convivem outras expectativas, como o controle das normas de gênero e da sexualidade. O material analisado consiste em pesquisa bibliográfica sobre o tema (artigos e manuais médicos) e entrevistas feitas com profissionais de saúde. Por meio deste material, reúno pistas para responder como as imagens médicas concorrem para a patologização dos genitais de pessoas intersexo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

23-11-2018

Como Citar

COSTA, A. G. Entre ver e não ver: uma análise sobre as imagens médicas da intersexualidade. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 5, n. 8, p. 48–72, 2018. DOI: 10.21680/2446-5674.2018v5n8ID14970. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14970. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos