Circulação infanto-juvenil

observando as mulheres da comunidade da Estrada Velha/Acarape-CE

Autores

  • Francisca Temoteo Mestranda em Antropologia Social (PPGAS/UFRN)
  • Layra Nobre Dias Graduada em Antropologia (UNILAB)
  • Jacqueline Britto Pólvora Docente do Departamento de Humanidades (UNILAB)

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2022v9n17ID27436

Palavras-chave:

Antropologia Urbana, Circulação infanto-juvenil, Estrada Velha, Dinâmica interna, Pobreza

Resumo

O presente artigo tem como ponto de partida a análise das dinâmicas internas na comunidade da Estrada Velha em Acarape – CE, que culminou na observação da circulação infanto-juvenil. Gerando curiosidade sobre esse tema e sobre seus atores, o que fazem e quais os motivos da população infanto-juvenil circularem por diversos ambientes, entre casas e ruas, becos e famílias em uma comunidade interiorana do maciço de Baturité . O objetivo deste estudo é entender o que é a circulação, como se dá e o que gera esse fenômeno na comunidade. Nesse sentido, no decorrer da escrita, apontamos os motivos desse afastamento e as situações em que as dinâmicas entre as mulheres influência no circular das crianças. A metodologia utilizada trata-se de uma pesquisa descritiva e qualitativa com a ferramenta da observação participante em campo, que possibilitou observar, dialogar e analisar as condições que envolvem a circulação.

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Biografia do Autor

Francisca Temoteo, Mestranda em Antropologia Social (PPGAS/UFRN)

Bacharele Interdisciplinar em Humanidades (2018) e Bacharele em Antropologia (2021) ambas pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab/Ce). Mestrande em Antropologia Social – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) (2021). Colaboradora do projeto de pesquisa: Gênero, Sexualidade e Família em Territórios Populares/Periféricos: entre precariedades e estratégias de vida, membro do GCS e do Tirésias (2021 - em andamento).

Layra Nobre Dias, Graduada em Antropologia (UNILAB)

Bacharela em Humanidades (2018) e Bacharela em Antropologia (2021) ambas pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab/Ce). Foi coordenadora de Direitos Humanos na gestão Unidade na Diversidade do Centro Acadêmico do curso de Humanidades (CABHU) no período 2017-2018. Integrante da Rede de Estudos e Afrontamentos das Pobrezas, Discriminações e Resistências (reaPODERE), vinculada a UNILAB, atuando na Frente do Grupo de Crianças (2019 - em andamento).

Jacqueline Britto Pólvora, Docente do Departamento de Humanidades (UNILAB)

Ph. D. em Antropologia Social pela University of Texas at Austin (2006), com especialização em Estudos de Diáspora Africana. Mestre em Antropologia Social pela UFRGS, e graduação em C. Sociais pela PUCRS. Tem experiência na área de Antropologia Urbana, com ênfase nos seguintes temas: gênero, racismo e exclusão social nas cidades, gênero, trabalho informal e desenvolvimento em países do hemisfério Sul, especialmente em África e América Latina. Atualmente é professora da UNILAB no Ceará, além de colaboradora da Universidade do Cabo Verde, onde também orienta alunos de Mestrado. Professora do Programa Associado de Pós-Graduação em Antropologia UFC-UNILAB. Desenvolve pesquisa sobre vendedoras ambulantes e as transformações urbanas em cidades de países africanos de língua oficial portuguesa e também cidades latino-americanas.

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Publicado

13-10-2022

Como Citar

TEMOTEO, F.; DIAS, L. N.; PÓLVORA, J. B. Circulação infanto-juvenil: observando as mulheres da comunidade da Estrada Velha/Acarape-CE. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 9, n. 17, p. 1–23, 2022. DOI: 10.21680/2446-5674.2022v9n17ID27436. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/27436. Acesso em: 26 abr. 2024.