O caminho do parentesco ou o parentesco como situação inescusável?

Autores

  • Ana Clara Sousa Damásio dos Santos Doutoranda em Antropologia Social pelo DAN/UnB

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2022v9n17ID27915

Palavras-chave:

Parentesco, Família, Etnografia, Antropologia, Gênero

Resumo

O presente relato etnográfico tem a intenção de proporcionar uma descrição e análise de um caso etnográfico do meu campo de pesquisa vinculado ao parentesco, família, migração, gênero e geração. Campo esse que ocorreu ao longo do mestrado em antropologia social na Universidade Federal de Goiás (UFG) e que continua em curso agora no doutorado no Departamento de Antropologia (DAN) da Universidade de Brasília (UnB). Com isso, pretendo compreender etnograficamente como, a partir de duas parentes-interlocutoras, minha mãe Analice (54 anos) e minha avó Anita (75 anos), consigo desenhar, pesar e mensurar os caminhos do parentesco que se enredam aos caminhos do gênero e da geração, para então compreender a inescusabilidade do parentesco contemporaneamente.

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Biografia do Autor

Ana Clara Sousa Damásio dos Santos, Doutoranda em Antropologia Social pelo DAN/UnB

Graduada em Ciências Sociais com habilitação em Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB). É Mestra em Antropologia pelo PPGAS (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é doutoranda na Universidade de Brasília (UnB) pelo Departamento de Antropologia (DAN). É membra do Ser-Tão / Núcleo de Ensino, Extensão e Pesquisa em Gênero e Sexualidade – Faculdade de Ciências Sociais (FCS/UFG). É integrante do MOBILE - Laboratório de Etnografia das Circulações e Dinâmicas Migratórias (DAN/UnB). Possui interesse nos diálogos que perpassam família, migração, curso de vida e metodologia antropológica.

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Publicado

11-08-2022

Como Citar

SOUSA DAMÁSIO DOS SANTOS, A. C. O caminho do parentesco ou o parentesco como situação inescusável?. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 9, n. 17, p. 1–13, 2022. DOI: 10.21680/2446-5674.2022v9n17ID27915. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/27915. Acesso em: 26 abr. 2024.