EPIDEMIOLOGIA DAS LESÕES ESPORTIVAS NOS ATLETAS DA TERCEIRA DIVISÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS

Autores

  • Matheus Jancy Bezerra Dantas
  • Thaísa Lucas Filgueira Souza
  • Jônatas Cardoso da Silveira
  • Rogério Romário Lima dos Santos

Resumo

O esporte adaptado foi desenvolvido inicialmente, objetivando ser recreativo e reabilitacional, entretanto, rapidamente despertou em seus participantes uma vocaçáo competitiva. Sendo assim, um alto número de treinamentos e competições pode gerar um aumento no risco de lesões esportivas, que segundo a literatura é semelhante para atletas com ou sem deficiência. Dessa forma, buscamos identificar as lesões esportivas nos atletas de basquetebol em cadeira de rodas. Para isso, foi realizada entrevista dirigida com 40 atletas do sexo masculino, com idade entre 14 a 59 anos, que participaram da terceira divisáo do campeonato brasileiro de basquetebol em cadeira de rodas em 2009. Foram colhidas informações como: etiologia da deficiência física, classificaçáo funcional, tempo que pratica o esporte, horas de treino por semana, e histórico de lesões durante a prática esportiva. Dentre os 40 atletas constatamos que: 43% sáo Lesados Medulares, 38% possuem seqüelas de Poliomielite, 15% sáo amputados e 5% apresentam outras lesões. A classificaçáo funcional é de extrema importância no desporto adaptado, especialmente no basquetebol em cadeira de rodas onde é essencial que haja uma boa distribuiçáo desta classificaçáo entre os atletas. Sendo assim, ao dividir os atletas por classificaçáo funcional, encontramos como ponto 1 18% dos atletas; para o ponto 1,5 apenas 8%, o ponto 2 obteve 13%; ponto 2,5 temos 3%, no ponto 3 tivemos 10%; o 3,5 com 15%, o ponto 4 25% e por fim o 4,5 com 10%; O tempo de treino teve uma média de 9,02 anos, e as horas de treino por semana de 13,05. Constatamos ainda, que 52,5% dos atletas têm ou já tiveram alguma lesáo relacionada ao esporte, dentre as mais citadas estáo: calos presente em 100% dos atletas, ombro com 40%, lesões de coluna com 25% e escaras com 20%. Concluímos que a média da idade foi bastante alta (média de 33 anos) o que pode facilitar o risco de lesões agudas e por esforço repetitivo. Observamos, ainda, que a porcentagem de atletas com pontuaçáo alta é bem superior aos atletas com pontuaçáo baixa e que este fato pode estar relacionado a uma prevalência moderada de lesões esportivas durante a prática do basquete nos membros superiores Portanto, percebemos a necessidade de atençáo especial para a prevençáo das lesões esportivas, que pode afastar os atletas dos treinos e das competições, atuando muitas vezes como inibidores da performance.
Palavras-chave: Epidemiologia. Exercício. Reabilitaçáo

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Publicado

28-09-2011

Como Citar

DANTAS, M. J. B.; SOUZA, T. L. F.; SILVEIRA, J. C. da; SANTOS, R. R. L. dos. EPIDEMIOLOGIA DAS LESÕES ESPORTIVAS NOS ATLETAS DA TERCEIRA DIVISÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS. Revista Extensão & Sociedade, [S. l.], v. 3, n. 3, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/extensaoesociedade/article/view/1214. Acesso em: 3 jul. 2024.