PERFIL CLÍNICO DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMOS EM UMA MATERNIDADE DE NATAL/RN.
Resumo
RESUMO: A prematuridade é considerada um fator de risco para alterações do desenvolvimento global. A avaliaçáo neonatal criteriosa acerca da condiçáo clínica do recém-nascidos pré-termo (RNPT) é imprescindível para direcionamento de intervenções terapêuticas e acompanhamento dessa populaçáo. Estudos apontam que quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascer, maiores seráo as chances de atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor infantil. Os objetivos deste estudo foram analisar variáveis clínicas dos RNPT e traçar seu perfil clínico ao nascimento. Estudo analítico e transversal, no qual foram avaliados 25 RNPT na Maternidade Escola Januário Cicco, avaliados entre janeiro e março de 2011, com idade gestacional inferior a 37 semanas, clinicamente estáveis, fora de ventilaçáo mecânica invasiva, sem alterações cardiorrespiratórias e neurológicas. A coleta de dados consistiu em entrevista com a máe e análise do prontuário médico para preenchimento da Ficha de Avaliaçáo Fisioterapêutica com dados do RN acerca da gestaçáo, parto e pós-parto. A análise dos resultados foi realizada através de medidas descritivas e os dados nominais foram descritos em termos de porcentagens e médias aritméticas. A amostra constituída contabilizou 25 RNPT, com idade gestacional entre 31 e 36 semanas (média de 34,3 semanas); tipo de parto cesário correspondente a 48% da amostra e natural 52%; o peso médio ao nascimento encontrado para os RNs foi de 2.458g; o perímetro cefálico variou entre 28 e 35cm (média de 32,2cm); comprimento do RN médio de 45,4cm; o índice de Apgar encontrado para os RNs avaliados no 1º minuto variou entre 5 e 9 (média de 8,0) e no 5º minuto entre 8 e 10 (média de 9,0); o uso de oxigenoterapia no pós-parto imediato foi constatado em 52% dos casos (13 RNs) e os que náo usaram esse recurso somaram 48% da amostra (12 RNs). Os resultados obtidos, em concordância com o encontrado na literatura, sugerem que os RNPT desta amostra apresentam variáveis clínicas estáveis, com valores médios de peso ao nascimento, IG e índices de Apgar superiores ao mínimo
preconizado pelo Ministério da Saúde. Conclui-se que o conhecimento do perfil clínico dessa populaçáo faz-se importante para a assistência materno-infantil neonatal, auxiliando no diagnóstico precoce para possíveis intervenções e estimulações terapêuticas, com o intuito de amenizar ou prevenir possíveis complicações de desenvolvimento global a curto e longo prazo advindas da prematuridade, promovendo maior qualidade de vida.
Palavras-chave: Prematuridade. Avaliaçáo. Variáveis clínicas. Desenvolvimento infantil