AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ANTECIPATÓRIO EM IDOSOS
Resumo
Com o aumento da idade, o risco de queda em ambos os sexos e em todos os grupos étnicos e raciais cresce de forma progressiva. No Brasil, 30% dos idosos sofrem quedaspelo menos uma vez por ano. As quedas representam um fator desencadeante de diversas complicações, tais como: lesões físicas, declínio funcional, medo de cair,restriçáo de atividades e alta mortalidade, devido, principalmente às complicações relacionadas às fraturas de fêmur. O teste de alcance funcional (TAF) é um instrumentoque pode ser utilizado para a mensuraçáo do risco de quedas em idosos, uma vez que avalia o quanto o indivíduo é capaz de se deslocar para frente, dentro dos limites deestabilidade, a partir da postura ereta, estando o mesmo perpendicularmente a uma parede e com o ombro fletido a 90º. No dia 31 de agosto de 2010, em comemoraçáo aoDia do Nutricionista, foram realizadas várias ações interdisciplinares entre os Cursos de Graduaçáo da FACISA/UFRN (Nutriçáo, Fisioterapia e Enfermagem) voltadas à populaçáo idosa do município de Santa Cruz/RN. Uma delas envolveu a aplicaçáo do TAF e o fornecimento de folders formulados pelos acadêmicos do Curso de Fisioterapia daFACISA que enfatizavam informações sobre a prevençáo e risco associados às quedas em idosos. Esta açáo foi realizada nas instalações do Clube Juvenal Pé de Copa (SantaCruz/RN). Participaram da açáo 40 indivíduos de ambos os sexos: 12 homens (30%) e 28 mulheres (70%) com idade média de 69,5 ± 7,21 anos, sendo que a maioria destes eram aposentados e com estado civil casado. Durante a açáo também foram questionadas: a presença de antecedentes patológicos, a utilizaçáo de dispositivo auxiliar de marcha epresença de comorbidades. Como resultados, pôde-se observar que, na populaçáo estudada: houve predomínio do relato de antecedentes ortopédicos, em relaçáo aosdemais pesquisados (neurológicos, reumatológicos, respiratórios, cardiovasculares e outros); dois idosos utilizavam dispositivo auxiliar para a marcha (5%); oito indivíduos avaliados relataram hipertensáo arterial sistêmica (20%); cinco relataram dislipidemia (12,5%) e quatro relatavam ser portadores de diabetes mellitus (10%). Quanto aos resultados da variável TAF, pôde-se observar que: 17,5% dos indivíduos apresentaram baixo risco de quedas (TAF>25,4), sendo quatro homens e três mulheres; 47,5%apresentaram risco moderado (TAF entre: 15,2 - 25,4), sendo cinco homens e quatorze mulheres; e 35% alto risco (TAF <15,2), três do sexo masculino e onze do sexo feminino.Desta forma, pôde-se concluir que houve um predomínio de moderado a alto risco de quedas, principalmente entre as mulheres estudadas. A partir deste resultado, espera-seque novas ações de prevençáo de quedas, com ênfase da melhora da mobilidade funcional, sejam elaboradas pelos acadêmicos dos Cursos de Graduaçáo da FACISA/UFRN e aplicadas nos idosos estudados.Palavras-chave: Idoso. Equilíbrio postural. Acidentes por quedas.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Publicado
30-09-2011
Como Citar
DE ARAÚJO, C. L. M.; FERREIRA, H. N. C.; NOBRE, T. T. X.; CACHO, R. de O.; MAGNANI, K. L. AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ANTECIPATÓRIO EM IDOSOS. Revista Extensão & Sociedade, [S. l.], v. 3, n. 3, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/extensaoesociedade/article/view/1251. Acesso em: 18 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos