ARCO DENTAL CURTO: UMA DISCUSSÃO
Resumo
Objetivo: Diante do grande número de indivíduos parcialmente edêntulos no Brasil buscou-se verificar se a permanência de espaços edêntulos posteriores na cavidade bucal poderia acarretar em conseqüências indesejáveis à funçáo oral e possível desenvolvimento de disfunçáo temporomandibular (DTM). Além disso, pretendeu-se buscar maior evidência quanto à indicaçáo de reabilitaçáo protética como forma de tratamento para todo paciente com suporte posterior reduzido (arco dental curto). Métodos: A partir de uma revisáo de literatura realizada no Medline, Cochrane e PubMed verificou-se que a presença de espaços edêntulos, desde que acompanhados de 4 unidades oclusais, náo acarreta em um colapso do arco, mantendo uma funçáo oral adequada, sem necessidade de próteses e náo constituindo um fator determinante para o desenvolvimento de DTM. Conclusáo: Dentro das limitações do estudo, percebe-se a importância de uma avaliaçáo cautelosa para que sejam evitados sobretratamentos, levando-se em consideraçáo o número e localizaçáo dos dentes remanescentes do paciente além de suas queixas e anseios. Assim, o cirurgiáo-dentista deve individualizar a necessidade de cada indivíduo para oferecer e planejar as formas de tratamento mais adequadas, mesmo que esta seja a ausência de tratamento protético reabilitador.
Palavras-chave: arcada parcialmente edentada; prótese parcial removível; mastigaçáo; transtornos da articulaçáo temporomandibular.