Os PONTOS, OS FIOS E NÓS: A LITERATURA COMO UM DIREITO
DOI:
https://doi.org/10.21680/2178-6054.2021v12n1ID24207Resumo
Este artigo se propõe a desenvolver uma reflexão acerca de uma ação artístico- literária realizada com meninos privados de liberdade, do Centro de Atendimento Socioeducativo de Caxias do Sul/RS, e com estudantes do ensino básico que estudavam remotamente, durante a pandemia do coronavírus. Baseando-se, principalmente, nas teorias de Michelè Petit (2009), acerca do papel que a leitura exerce nos espaços de crise, e na concepção de literatura como direito universal, de Antonio Candido (2011), realizamos ações leitoras valendo-nos dos textos E agora José?, de Carlos Drummond de Andrade, e O espelho, de Machado de Assis. Como produção a partir da mediação leitora, cada adolescente bordou, em um pequeno pano, uma frase que mais lhe tocou dos textos, ou que criou a partir deles. Assim, unindo pano a pano, compusemos o grande mosaico de pontos, fios e nós da quarentena.