PROCEEM: UMA FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO DO PANORAMA EDUCACIONAL DA REGIÃO DO TRAIRI

Resumo

A educação secundária no Brasil vivenciou um momento de crise que antecedeu a década de 1990, no qual a quantidade de alunos em sala de aula era insatisfatória e o número de alunos em universidades públicas advindos deste fim era cediço. Desse modo, a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, que deixou o ensino médio fazer parte efetiva dos acordes educacionais brasileiros. Por meio dessa lei, as metodologias ativas de ensino foram desvendadas e as universidades criavam projetos que fomentassem a educação na universidade, de modo a torná-la mais pública e, sendo assim, facilitar o ingresso no ensino superior de alunos provenientes desse meio. O objetivo deste estudo é estimular uma reflexão sobre a educação de nível médio no Brasil pautado na explanação crítica da atuação em um projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em relação à metodologia, trata-se de um estudo observacional analítico de caráter descritivo sobre a atividade extensionista de ensino realizada por estudantes de graduação da UFRN e suas relações com alunos de nível médio baseado na literatura atual e sites oficiais do governo federal. Quantos aos resultados e discussões, em 2011 a UFRN superou recordes de  alunos de escolas públicas em suas vagas, sendo de 44%. No entanto, mesmo sendo recorde, o número não superou a metade da oferta das vagas. Agora, em 2013, esse número caiu cerca de 6,3%. Com base nisso, a UFRN criou o PROCEEM (Programa Complementar de Estudos para Estudantes do Ensino Médio), na cidade de Santa Cruz, com o objetivo de inserir os alunos do ensino médio da rede pública da cidade em um cursinho preparatório para o ingresso em universidades e institutos federais. Os professores do projeto são alunos da UFRN e a cada ano são ofertadas 100 vagas para os alunos da rede pública da cidade, sendo todas preenchidas, porém, a evasão de sala de aula é um dos grandes desafios que são enfrentados. O índice de aprovação dos alunos em centros federais do cursinho variou de 15%, em 2008 a 50%, em 2013. CONCLUSÃO: A educação brasileira carece de mais políticas públicas voltadas para o ensino médio, visto que esse é fundamental para o ingresso na educação superior. O PROCEEM se mostra eficaz no sentido de fomentar o interesse nos estudos e na inserção do aluno em centros de educação superior de cunho público.