FREQUÊNCIA DE TRANSTORNOS FONOARTICULATíÓRIOS EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO DE TUMOR DE BOCA

Autores

  • Ana Maria Bezerra de Araújo
  • Roberta Borba Assis

Resumo

Estima-se que 40% dos cânceres de cabeça e pescoço estáo localizados na boca. O tratamento do câncer de boca depende do local, estadiamento do tumor, estado geral e aceitaçáo do paciente. As cirurgias que comprometem a regiáo da boca podem gerar seqüelas temporárias ou permanentes, que podem afetar a fonoarticulaçáo e a integibilidade de fala. Objetivo: Determinar a frequência de transtorno fonoarticulatório em pacientes submetidos a tratamento de câncer de boca. Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo e quantitativo, através de análise do protocolo de avaliaçáo pós-operatória do setor de Fonoaudiologia do Hospital de Câncer de Pernambuco. As variáveis coletadas foram: gênero, idade, diagnóstico, tipo de cirurgia, se foi submetido à traqueostomia, radioterapia e/ou quimioterapia. Resultados: Foram encontrados 34 indivíduos, com idade acima de 60 anos. Destes, 82% eram do gênero masculino, 18% do sexo feminino. Quanto às cirurgias realizadas encontraram-se: 14 glossopelvemandibulectomias com esvaziamento cervical, 5 glossopelvectomias com esvaziamento cervical, 6 glossopelvectomias, 6 maxilarectomias, 1 mandibulectomia, 1 excisáo de tumor de lábio com retalho miocutâneo e com esvaziamento cervical, 1 ressecçáo de tumor de boca com reconstruçáo e com esvaziamento cervical e apenas 1 náo realizou qualquer tipo de cirurgia, apenas radioterapia. Dessa amostra, 13 possuíam traqueostomias, 5 foram submetidos a radioterapia, 5 realizaram quimioterapia e apenas 1 realizou radioterapia e quimioterapia concomitante. Em relaçáo às alterações funcionais após o tratamento, verificou-se que dos 34 indivíduos, 28 apresentavam diagnóstico fonoaudiológico de transtorno fonoarticulatório. Conclusáo: Entre as alterações observadas após esse tratamento, observamos com significante incidência a presença de transtorno fonoarticulatório, representando para os pacientes uma seqüela bastante importante do ponto vista funcional, estético e social. Sendo o fonoaudiólogo indispensável para o acompanhamento desses pacientes náo somente na assistência após o diagnóstico, como também em ações primárias de prevençáo desse tipo de câncer.

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Publicado

14-09-2011

Como Citar

DE ARAÚJO, A. M. B.; ASSIS, R. B. FREQUÊNCIA DE TRANSTORNOS FONOARTICULATíÓRIOS EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO DE TUMOR DE BOCA. Revista Extensão & Sociedade, [S. l.], v. 2, n. 3, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/extensaoesociedade/article/view/Frequencia. Acesso em: 25 dez. 2024.