Na casa, na rua e no rio: a paisagem do Recife oitocentista pelas vendeiras, domésticas e lavadeiras

Resumo

O presente artigo desenvolve uma leitura sócio-espacial da cidade do Recife, no século XIX, observando este núcleo urbano a partir da perspectiva das mulheres escravas, forras e livres pobres que exerciam ofícios diversos pelas ruas, mercados, largos e arrabaldes da cidade, assim como no interior das casas. Metodologicamente, analisamos algumas práticas de espaço enquanto práticas de resistência, estabelecendo uma discussáo acerca dos significados sociais dessas práticas e das táticas de sobrevivência dos grupos pobres no contexto da escravidáo urbana.