02 OU 24 DE JULHO? O INSTITUTO ARQUEOLÓGICO E GEOGRÁFICO PERNAMBUCANO E AS CELEBRAÇÕES DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. (PERNAMBUCO, 1917-1918)
Resumo
Em 1917, uma polêmica surgiu nas páginas de dois jornais pernambucanos: qual seria a data correta para celebrar a Confederação do Equador, 2 ou 24 de julho? A controvérsia teve início quando o Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano (IAGP) sugeriu a mudança da data, a partir de provocações de seus membros, como Pereira da Costa e Oliveira Lima. Este último destacou-se como um dos protagonistas, sendo alvo das críticas mais contundentes do bacharel em direito, professor e jornalista Gonçalves Maia, que defendia a manutenção da data em 24 de julho. Este caso ilustra como debates históricos influenciam a percepção social e as disputas sobre celebrações públicas, que podem ser moldadas por interesses e sensibilidades contemporâneas. O artigo discute o papel do IAGP na institucionalização de certas visões históricas em Pernambuco e na formação de um debate de maior alcance sobre o passado. A análise é fundamentada nas reflexões do antropólogo Michel-Rolph Trouillot, que explora como narrativas históricas são construídas e contestadas. As principais fontes do estudo são os jornais pernambucanos A Província, onde Maia publicou suas críticas, o Diário de Pernambuco, veículo das réplicas de Lima, além de documentos do próprio IAGP e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Dirceu Marroquim, George Félix Cabral de Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor.
Mneme se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, assegurado o padrão estético do periódico, respeitando, porém, o estilo dos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Mneme, ficando a sua reimpressão total ou parcial, sujeito à autorização expressa de sua direção. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.