INDIGENIZAÇÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA NO BRASIL E NO CANADÁ: RECOMENDAÇÕES E CRÍTICAS INDÍGENAS

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Resumo

Há anos, os povos indígenas de todo o mundo vêm denunciando o impacto negativo da monocultura histórica e o tratamento estereotipado que recebem nos programas de ensino. Eles têm reivindicado que a história seja reescrita e que as instituições, de modo geral, e as universidades e escolas em particular, se “indigenizem”. No Quebec, a reforma recente dos currículos de história levou em conta as recomendações da Comissão da Verdade e Reconciliação do Canadá (CVR) e as críticas dos indígenas sobre como a história do país e da província deveria ser escrita e ensinada. No Brasil, a promulgação da Lei 11.645 em 2008 tornou obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena. Apesar dos esforços dos governos de ambos os países, a história dos povos indígenas continua pouco conhecida e pouco ensinada. O objetivo deste artigo é discutir os desafios da indigenização do ensino de história no Brasil e no Canadá, examinando as recomendações e críticas de especialistas indígenas. 

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Biografia do Autor

Ana Zema, CLACSO

Doutora em História Social pela Universidade de Brasília e Mestre em Histoire Sociale, des idées, des cultures et des religions pela Université Sorbonne Nouvelle. Fez estágio de Pós-doutorado em Ciências Políticas pela Université Laval (Quebec) com bolsa do Centre Interuniversitaire d'études et de recherches autochtones (CIÉRA) e em Antropologia do desenvolvimento no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília com bolsa de excelência acadêmica da CAPES. Atualmente, é  co-coordenadora do GT Pueblos Indígenas y disputas epistémico-territoriales do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (CLACSO). 

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Publicado

19-12-2025

Como Citar

ZEMA, Ana. INDIGENIZAÇÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA NO BRASIL E NO CANADÁ: RECOMENDAÇÕES E CRÍTICAS INDÍGENAS. Mneme - Revista de Humanidades, [S. l.], v. 28, n. 51, p. 1–18, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/40772. Acesso em: 24 dez. 2025.