"Ser índio" e "ser caboclo" potiguar: história indígena e o processo identitário na comunidade dos Caboclos do Assú

Autores

  • Jailma Nunes Viana de Oliveira Programa de Pós-graduação em Educação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Caboclo. Emergência Indígena. História Indígena.

Resumo

O presente artigo enfoca a emergência indígena na comunidade dos Caboclos, localizada no município de Assú/RN. Logo, se faz urgente antes pontuar discussões que estão intimamente interligadas ao modo como os Caboclos se percebem enquanto indígenas, assim como ao seu processo de territorialização, quais sejam: a dicotomia reproduzida pela historiografia acerca do índio colonial, entre Tupi e “Tapuia”; bem como as implicações que as divisões territoriais e de civilização e catequese pelos aldeamentos proporcionaram na constituição dos grupos indígenas no Nordeste. Assim, a comunidade dos Caboclos reivindica seus direitos e a posse de terras onde sempre viveram e trabalharam ao resgatar a memória da comunidade através da história da “índia pega a casco de cavalo” e da formação da família Caboclo através de uma índia “Tapuia”. Percebe-se que a representação e o estudo do índio no Rio Grande do Norte precisam ser renovados, de modo a corrigir visões estáticas e/ou folclóricas presentes na historiografia oficial reproduzida ao longo do século XX. Por fim, compreender as mobilizações indígenas mais recentes como produto de uma demanda étnica, social e política cujos protagonistas são os próprios indígenas.

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Publicado

17-10-2015

Como Citar

OLIVEIRA, J. N. V. de. "Ser índio" e "ser caboclo" potiguar: história indígena e o processo identitário na comunidade dos Caboclos do Assú. Mneme - Revista de Humanidades, [S. l.], v. 15, n. 35, p. 166–190, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/7819. Acesso em: 19 abr. 2024.