NEGACIONISMOS SOBRE A ESCRAVIDÃO NO CEARÁ: O CASO DO QUILOMBO DO CUMBE
Abstract
O artigo busca analisar os usos do passado na região do Cumbe, no Ceará. O foco está na maneira como diferentes grupos e profissionais utilizam a História para embasar disputas políticas e jurídicas, muitas vezes por meio de práticas negacionistas. A pesquisa insere-se no campo da História Pública, investigando a apropriação da memória coletiva por um grupo de moradores(as). Em sua estrutura, o artigo é dividido em cinco partes. Inicialmente, examina-se a divulgação de memórias pelo grupo da Associação de Moradores do Cumbe e de Canavieira (AMCC), que busca comprovar a inexistência de quilombolas na região. Em seguida, explora-se como profissionais do Direito se apropriam da História para sustentar argumentos legalistas. A terceira parte investiga a visão de um antropólogo contratado pela AMCC sobre a história do Ceará. Por fim, a quarta e quinta partes recorrem a abordagens quantitativas e qualitativas para analisar a historiografia e fontes que evidenciam práticas negacionistas de moradores e profissionais de distintas áreas. Foram utilizadas fontes diversas, tais como: registros cartoriais e de batismo e de morte; ata de Audiência Pública, peças jurídicas, pareceres de antropólogos, etc. Dessa forma, o estudo contribui para o debate sobre a influência da História nas disputas territoriais e políticas, revelando como narrativas sobre o passado podem ser instrumentalizadas para diferentes fins.
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Copyright (c) 2025 Mário Martins Viana Júnior, Antônio Gilberto Ramos Nogueira, Alfredo Ricardo Silva Lopes

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