REPRESENTAR O CONFLITO, NEGAR A ALTERIDADE: OS LIMITES DO ENSINO DOS CONFLITOS ISRAEL – PALESTINA NOS MANUAIS ESCOLARES BRASILEIROS
Resumo
Este artigo analisa as representações do conflito Israel–Palestina nos manuais escolares de História e Geografia destinados ao 9º ano do ensino fundamental, aprovados pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), conforme o Edital nº 01/2022, ciclo 2024–2027. Foram examinadas 28 obras, 14 de História e 14 de Geografia, com o objetivo de compreender como conceitos, imagens, mapas e narrativas sobre o conflito são apresentados aos estudantes. A pesquisa parte da hipótese de que a ausência de formação específica sobre o tema pode levar à construção de narrativas unilaterais ou simplificadas que, em alguma medida, apagam ou negam as alteridades envolvidas, mesmo em obras elaboradas por autores e avaliadores com sólida formação em História e reconhecida atuação no ensino da disciplina. A análise qualitativa dos materiais busca evidenciar como determinadas representações sobre o conflito são produzidas, legitimadas e difundidas no espaço escolar. Os resultados indicam a necessidade de uma abordagem mais crítica, plural e historicamente situada na elaboração dos manuais escolares, especialmente em contextos de crescente polarização e circulação de informações descontextualizadas. Conclui-se que a qualificação da formação docente e a revisão dos critérios de avaliação dos manuais escolares são fundamentais para promover uma educação comprometida com a diversidade de perspectivas e com o rigor histórico.
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