A tradição e modos de realização discursiva nos benditos populares

Autores

  • Camila Maria Gomes
  • Lucrécio Araújo de Sá Júnior

Palavras-chave:

Tradições discursivas. Benditos. Movência.

Resumo

Na perspectiva teórica das Tradições Discursivas (TDs), podemos perceber que os textos/discursos são portadores de tradições, o que significa dizer que apresentam regularidades discursivas ou formas textuais já produzidas pela sociedade, em momentos anteriores, que permaneceram ou se modificaram ao longo de sua existência, assim como aponta Johannes Kabatek (2001, 2003, 2005 e 2006). No domínio das culturas populares, para tanto, existem textos orais que servem a muitos objetivos interativos. A revitalização do nome próprio, a substantivação, a implementação de adjetivos acabam por revelar toda a lógica dos símbolos supradeterminantes pelo meio social e político. Dessa maneira, as estruturas verbais desses textos acabam por representar, de alguma forma, os símbolos e os valores distribuídos e instituídos socialmente, como aponta Sá Júnior (2009). Daí decorrem as explicações e regulamentações para a vida social, os símbolos parentais de educação, de trabalho, o nível dos jogos sociais (o lúdico). Portanto, nesse sentido, com o intuito de contribuir para entender os processos constitutivos desses textos, buscamos, com este trabalho, apontar algumas relações de permanência e mudança de TDs no patrimônio imaterial religioso dos quais temos contato: as novenas populares. Para isso, faremos um apanhado geral sobre a realização dos adjetivos presentes em cantos populares religiosos encontrados no Rio Grande do Norte, no município de Lajes, além de analisar a macroestrutura apresentada dos textos, levando em consideração sua forma, o campo semântico apresentado e como se estabelece o processo das Tradições Discursivas nos benditos analisados.

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Publicado

19-11-2016

Como Citar

GOMES, C. M.; DE SÁ JÚNIOR, L. A. A tradição e modos de realização discursiva nos benditos populares. Revista Odisseia, [S. l.], n. 9, p. p. 21 – 36, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/10832. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos