O país que não existiu: tempo e narração em O Brasil é bom, de André Sant’Anna
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2020v5nEspecialID22442Palavras-chave:
Literatura contemporânea. Historicidade. Experiência. Expectativa. Século XXI.Resumo
A literatura expressa ideologias e temporalidades, obras ficcionais podem propor sociedades distintas das que vivemos. Neste ensaio analiso como, no livro O Brasil é bom (2014), André Sant’Anna critica a conjuntura política ao mesmo tempo em que realiza uma projeção distinta de seu país. Nessa discussão, a temporalidade é o elemento que confere profundidade histórica e política ao livro. Realizo a análise em quatro passos: primeiro apresento o escritor de acordo com seu lugar social de enunciação; posteriormente explico a proposta estética do livro; num terceiro momento discuto a historicidade da obra, em diálogo com Reinhart Koselleck, a partir da relação temporal entre experiência e expectativa; e finalmente analiso as orientações ideológicas de Sant’Anna, para evidenciar como sua proposta estética se desdobra em intencionalidades políticas.
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