Hoje em dia, Machado de Assis seria blogueiro
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2020v5nEspecialID23548Palavras-chave:
Computador. Poesia. Romance. Machado de Assis.Resumo
Este ensaio refaz o percurso empreendido pela literatura brasileira desde a década de 1840 até a atualidade, para levantar a irônica hipótese de a poesia encontrar no computador a possibilidade de recuperar o espaço e o prestígio de que usufruía antes da consolidação do romance nos trópicos. A abordagem respeita a cronologia, mas se pretende menos historiográfica do que teórica, portanto é forçosamente lacunosa e ziguezagueante. Equilibra o enfoque de buscas estéticas empreendidas em determinados períodos e a avaliação de mudanças suscitadas pelos novos meios de desenvolvimento e escoamento da ficção. A argumentação se ancora em obras de autores marcantes, com destaque para Machado de Assis, que praticou diferentes gêneros literários, cuja reorganização interferiu na própria construção de sua carreira. Sua presença desde a abertura até o fecho deste texto oferece ainda o benefício de nos imunizar contra a espúria ideia de evolução do fazer artístico.
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