Narrativas do esgotamento e a historiografia (literária) brasileira no Antropoceno

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2435.2020v5nEspecialID23554

Palavras-chave:

Antropoceno; historiografia (literária); narrativas do esgotamento; literatura brasileira

Resumo

Tomando como ponto de partida a entronização do conceito de Antropoceno nos discursos das Ciências Humanas, o artigo vincula o novo impulso narrativo gerado pela consciência tanto do impacto destrutivo da ação humana sobre o planeta Terra quanto pela ameaça de esgotamento dos recursos naturais – em última instância, diretamente vinculada à extinção da própria espécie humana – à emergência de narrativas do esgotamento comprometidas com práticas situadas de resistência. O objetivo é enfatizar o aspecto performativo neste novo gesto de narrar, que invariavelmente implica reescrituras da história literária brasileira a partir de perspectivas mais além do humano. Do ponto de vista metodológico, o artigo apoia-se no diálogo entre teorias neomaterialistas (HARAWAY, 1988; 2015; 2016) e do perspectivismo ameríndio (VIVEIROS DE CASTRO, 2009; 2014) com constructos teóricos propostos pela École des Annales revisitados por historiadores contemporâneos (CHAKRABARTY, 2009; SAWYER, 2015).

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Biografia do Autor

Mariana Simoni, Freie Universität Berlin

Professora na área de Literaturas e Culturas da América Latina, com ênfase em Brasilianística, no Lateinamerika-Institut e no Institut für Romanische Philologie da Freie Universität Berlin.

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Publicado

20-12-2020

Como Citar

SIMONI, M. Narrativas do esgotamento e a historiografia (literária) brasileira no Antropoceno. Revista Odisseia, [S. l.], v. 5, n. Especial, p. 127–143, 2020. DOI: 10.21680/1983-2435.2020v5nEspecialID23554. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/23554. Acesso em: 21 nov. 2024.