Marcas da violência de Estado

apontamentos sobre “Una sola muerte numerosa”, de Nora Strejilevich

Resumo

A representação da violência tem sido algo constantemente explorado em variadas produções literárias da literatura hispano-americana, fato que provoca variadas discussões sobre essa temática na esfera literária. No presente trabalho, o objetivo consiste em demonstrar como está representada a violência ditatorial de Estado na obra Una sola muerte numerosa, da escritora argentina Nora Strejilevich, considerando o fato de a linguagem nesse tipo de romance ser revestida de um viés revisionista. A pesquisa escolhida foi a bibliográfica por possibilitar apresentar neste recorte uma face do contexto literário argentino, embasando as reflexões teórico-críticas. Como resultado, é mostrada a necessidade de se trabalhar a literatura contemporânea na sala de aula, por meio da qual se pode observar a experiência do humano em sociedade, sobretudo em regimes totalitários, os quais sempre ameaçam voltar. Para tanto, elegeu-se como aporte teórico as contribuições de Bidegain (1987), Novaro e Palermo (2008), Sarlo (2014), entre outros.