A epistemologia do armário na obra de Natalia Borges Polesso e Lygia Fagundes Telles:
as homossexualidades femininas e feminilidades plurais
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2023v8nEspecialID31998Palavras-chave:
Epistemologia do armário, Homossexualidade feminina, Lygia Fagundes Telles, Natalia Borges PolessoResumo
O presente trabalho pretende uma leitura de quatro contos, cujo tema trata das homossexualidades femininas, “Amora”, “As tias”, “Flor flores, ferro retorcido”, do livro Amora (2015), de Natalia Borges Polesso, e “Uma branca sombra pálida”, do livro A noite escura e mais eu (2009), de Lygia Fagundes Telles, a partir do conceito “epistemologia do armário”, proposto por Eve Sedgwick (2007), e seu impacto na vida de quem, deliberadamente ou não, se insurge contra o claustro-armário. Em todos os contos, as personagens lidam com as injúrias e as violências, perpetradas pela sociedade, pelo fato de serem quem são; portanto, ninguém, ao sair do armário, passa incólume aos olhos sociais, sobretudo, aqueles pautados pela estrita “lei” cis-hétero. As obras de Polesso e Telles oferecem ao leitor uma visão do modus vivendi dessas mulheres e a partir destas ficções é possível uma reflexão sobre os eventos factuais no interior da sociedade empírica.
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