Aos corpos desfeitos, o refazer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2435.2023v8nEspecialID32361

Palavras-chave:

corpo mulher. Dispositivo patriarcal/religioso. Violência. Resistência

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar, na perspectiva dos estudos comparados, como corpos de mulheres negras e/ou não negras são desumanizados e, por isso, desfeitos e violentados por práticas etnocêntricas e universalistas machistas e religiosas, nas narrativas Corpo desfeito (2022), de Jarrid Araes, e Hibisco roxo (2011), de Chimamanda Ngozi Adichie. Corpos que, mesmo deprimidos e subjugados, suspendem o seguimento de vida controlada, irrompendo, pois, contra a lógica do despojo; o que prenuncia um refazer. Para efetivar a análise, nos apoiamos em estudos crítico-analíticos e teóricos que dão conta de sustentar a interlocução entre corpo, violência e dispositivos de poder.

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Biografia do Autor

Linda Maria de Jesus Bertolino, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

Profa. Adjunta na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Profa. do Programa de Pós-Graduação em Letras - Uema. Doutora em Literatura e Práticas Sociais, pela Universidade de Brasília. Líder do Grupo de Pesquisa Configurações da Literatura Contemporânea e Estudos Culturais. 

Leocádia Aparecida Chaves, Universidade de Brasília

Doutora em Literatura e Práticas Sociais, pela Universidade de Brasília UnB.

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Publicado

30-11-2023

Como Citar

JESUS BERTOLINO, L. M. de; CHAVES, L. A. . Aos corpos desfeitos, o refazer. Revista Odisseia, [S. l.], v. 8, n. Especial, p. 363–382, 2023. DOI: 10.21680/1983-2435.2023v8nEspecialID32361. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/32361. Acesso em: 3 maio. 2024.