Reescritas da violência de Estado nas literaturas peruana e brasileira
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2023v8nEspecialID32398Palavras-chave:
história, narrativa, campo de guerra, Estado, literatura compradaResumo
Analisa-se a representação da violência estatal nas produções de Karina Pacheco Medrano e Jeferson Tenório. Essas reescritas de eventos históricos no Peru e no Brasil focalizam a representação de mulheres, indígenas e negros como vítimas do sistema estatal/patriarcal/colonial. O objetivo é demonstrar que os corpos dessas/es sujeitas/os são considerados pelo Estado como “campos de guerra” que devem ser (re)invadidos para manter a ordem social. Dessa forma, a narrativa preenche lacunas das histórias oficiais, especialmente de ações do aparato militar contra a população. Nessa aproximação entre literatura e história, recorremos a Ricoeur, na noção de representância, e Chartier, na interface literatura-história; já sobre o poder, a violência e o corpo como campo de guerra seguem-se as propostas de Arendt, Jelin e Quijano.
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