A Critical Social Theory for What and for Whom? [Uma teoria social crítica para quê/para quem?]

Autores

  • Leno Francisco Danner Unir

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2017v24n44ID10894

Palavras-chave:

Sociology, Politics, Institutionalism, Democracy, Social Criticism [Sociologia, Política, Institucionalismo, Democracia, Criticismo social]

Resumo

A critical social theory for what and whom? This question is the key for this paper in order to problematize relationships and the dependence relating sociological theory, political praxis and strong institutionalism. The paper’s central argument is that the Western sociological tradition in the 20th century assumed a systemic understanding of society as epistemological-political basis of its constitution, legitimation and political influence, which led to strong institutionalism, that is, the correlation and self-justification between social sciences and political institutions, so that scientifical-political institutions become overlapped in relation to political praxis of social movements, as neutral and impartial regarding class struggle, depoliticizing social systems’ constitution, legitimation and evolution. The paper’s second central argument is that a critical social theory for the constitution and crisis of contemporary Western modernization must abandon the defense of and connection with strong institutionalism, supporting social movements in their epistemological-political criticism to social systems’ technicization and autonomization. 

[uma teoria social crítica para quê/para quem? Esta questão é a chave-de-leitura que o artigo usa com o objetivo de problematizar as relações e a dependência entre teoria sociológica, práxis política e institucionalismo forte. O argumento central do artigo consiste em que a tradição sociológica ocidental no século XX assumiu uma compreensão sistêmica de sociedade enquanto base epistemológico-política para sua constituição, legitimação e influência política, o que levou ao institucionalismo forte, isto é, à correlação e à autojustificação entre ciências sociais e instituições políticas, de modo que instituições científico-políticas tornam-se sobrepostas à práxis política dos movimentos sociais, bem como neutras e imparciais em relação às lutas de classe, despolitizando a constituição, a legitimação e a evolução dos sistemas sociais. Assim, o segundo argumento central do artigo consiste em que uma teoria social crítica para o estudo da constituição e da crise da modernização ocidental contemporânea deve abandonar sua defesa e sua conexão com o institucionalismo forte, auxiliando movimentos sociais em sua crítica epistemológico-política à tecnicização e à autonomização dos sistemas sociais]

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leno Francisco Danner, Unir

Doutor em Filosofia (PUC-RS). Professor de Filosofia e de Sociologia na Fundaçáo Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Referências

BELLAMY FOSTER, John; MAGDOFF, Fred. The great financial crisis: causes and consequences. New York: Monthly Review Press, 2009.

BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Ève. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: M. Fontes, 2009.

DUGGAN, Lisa. The twilight of equality? Neoliberalism, cultural politics and the attack on democracy. Boston: Beacon, 2003.

ESPING-ANDERSEN, Gosta. Social foundations of postindustrial economies. Oxford: Oxford University Press, 1999.

ESPING-ANDERSEN, Gosta. Why we need a new Welfare State. Oxford: Oxford University Press, 2003.

GIDDENS, Anthony. Para além da esquerda e da direita: o futuro da política radical. São Paulo: Editora da UNESP, 1996.

GIDDENS, Anthony. A vida em uma sociedade pós-tradicional. In: GIDDENS, Anthony; BECK, Ulrich; LASH, Scott. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social contemporánea. São Paulo: UNESP, 1997.

GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse da social-democracia. Rio de Janeiro: Record, 2000.

GIDDENS, Anthony. A terceira via e seus críticos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

GOULDNER, Alvin W. The coming crisis of western sociology. London: Heinemann, 1972.

HABERMAS, Jürgen. On the logic of the social sciences. Cambridge: The MIT Press, 1988.

HABERMAS, Jürgen. (La necesidad de revisión de la izquierda. Madrid: Tecnos, 1991.

HABERMAS, Jürgen. Ensayos políticos. Barcelona: Península, 1997.

HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003a. Vol. I.

HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003b. Vol. II.

HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo. Vol. I: racionalidade da ação e racionalização social. São Paulo: M. Fontes, 2012a.

HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo. Vol. II: sobre a crítica da razão funcionalista. São Paulo: M. Fontes, 2012b.

HAYEK, Friedrich August von. Individualism and economic order. Chicago: Chicago University Press, 1948.

HAYEK, Friedrich August von. O caminho de servidão. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1987.

HAYEK, Friedrich August von. Arrogância fatal: os erros do socialismo. Porto Alegre: Ortiz, 1995.

HAYEK, Friedrich August von. The meaning of the Welfare State. In: PIERSON, C.; CASTLES, F. G. (Ed.). The Welfare State reader. Cambridge: Polity Press, 2006. p. 90-95.

HAYEK, Friedrich August von. Law, legislation and liberty: a new statement of the liberal principles of justice and political economy. London; NewYork: Routledge, 2013. 3 v.

HICKS, Alexander. Social democracy and welfare capitalism: a century of income security politics. Ithaca; London: Cornell University Press, 1999.

MISES, Ludwig von. Ação humana: um tratado de economia. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises, 2010.

NOBRE, Marcos. Imobilismo em movimento: da abertura democrática ao governo Dilma. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

NOZICK, Robert. Anarquia, Estado e utopia. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.

PARSONS, Talcott. A estrutura da ação social. Petrópolis: Vozes, 2010a. Vol. I.

PARSONS, Talcott. A estrutura da ação . Petrópolis: Vozes, 2010b. Vol. II.

PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

SINGER, André. Sentidos do Lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

WEBER, Max. Ensayos sobre sociología de la religión. Madrid: Taurus, 1984. Vol. I.

Downloads

Publicado

21-08-2017

Como Citar

DANNER, L. F. A Critical Social Theory for What and for Whom? [Uma teoria social crítica para quê/para quem?]. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 24, n. 44, p. 61–96, 2017. DOI: 10.21680/1983-2109.2017v24n44ID10894. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/10894. Acesso em: 22 dez. 2024.